Candidatura à Câmara Municipal

Lúcio Pinto quer
ser alternativa independente

Uma “alternativa independente” é o que propõe Lúcio Pinto ao avançar com a candidatura à presidência da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso para as eleições autárquicas de 1 de Outubro que marca, também, o ‘corte’ com o Partido Socialista (PS) em que militava há quase 30 anos.
Lúcio Pinto escolheu um local emblemático do concelho - a envolvente do Castelo de Lanhoso - para anunciar, ontem, a sua candidatura liderando uma lista independente em resposta “ao apelo e sentimento que tantos e tantos povoenses vinham e vêm manifestando” e corporizando “um movimento político inédito no concelho da Póvoa de Lanhoso” explicou aos jornalistas.
O candidato independente assume o distanciamento do PS e revelou que, anteontem, transmitiu ao presidente da Federação Distrital do partido a sua desfiliação, uma decisão que tomou “com pena” e com “a mágoa de terminar perto de 30 anos de militância”.
É o próprio a revelar que estava afastado da militância activa há mais de cinco anos e a reconhecer que “o PS da Póvoa de Lanhoso poderia ter tido outra atitude”, mas dá o o momento como ultrapassado e garante que a sua candidatura independente “não é na óptica de um ex-socialista” e que não está contra o PS nem contra nenhum outro.
Questionado pelos jornalistas se chegou a ser sondado pelo PS para as próximas eleições autárquicas, Lúcio Pinto responde que não e diz mesmo que, hoje, não abdicaria da candidatura independente se lhe fosse proposto ser o candidato do PS.
Quanto à motivação para regressar às lides políticas, Lúcio Pinto afirma que a candidatura independente “é a resposta ao apelo sistemático que foi recebendo” e que “aceita o desafio de discutir o desenvolvimento do concelho”.
O candidato apresentou-se sem convidados, sem bandeiras e sem cartazes, mas assegura que esta “não é candidatura de um homem só” e dá conta que tem recebido, nos contactos até agora desenvolvidos, apoio e compromisso de todos quadrantes políticos.
Lúcio Pinto mostra-se ciente das dificuldades e do caminho a percorrer, mas também consciente de que “o momento certo para avançar e que este é o projecto certo para o concelho”.