Bombeiros

Museu carregado de recordações

No dia 17 de Dezembro, o Museu dos Bombeiros, inaugurado a 5 de Setembro, recebeu a visita dos participantes no encontro de antigos bombeiros e directores da corporação povoense. Foi uma visita carregada de emoções e saudade para muitos dos presépios. Cada peça, por mais pequena que seja, carrega uma história, com os visitantes a recuar no tempo e a relembrar episódios vividos ao serviço do corpo activo dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso. As palavras dispensavam-se nesse dia pois as emoções que toldavam os rostos falavam por si.
Albino Luís Lopes, com 83 anos, entrou para os bombeiros em 1956. Vestiu durante dez anos a farda da corporação povoense. No seu tempo recorda que apenas existia apenas o carro, o Ford. Olha com orgulho para o museu. “Está uma maravilha. É muito importante preservarem estas peças. Tenho um neto que é bombeiro”, refere Albino Lopes.
“Encontros como este são uma coisa boa. Do meu tempo já faleceram todos. Entrei em 1956 para os Bombeiros. Não havia nada. Íamos par os incêndios e levávamos uma machada no cinto e cortávamos um ramo de pinheiro para apagar o fogo”, disse.
A passar a época natalícia na terra natal, Luís Amílcar, emigrado na Suíça, não esquece os 17 anos nos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
“É sempre bom encontrar os amigos que deixei nos bombeiros. É sempre um orgulho. Revemos amigos que não vemos durante os anos. Ainda não conhecia o museu. Está bem concretizado. É uma obra que embeleza ainda mais os bombeiros”, destaca.
Também na Suíça está Manuel Pereira da Silva, que durante 30 anos integrou o corpo activo dos bombeiros povoenses. “Encontros como este são uma maravilha. Encontramos amigos do nosso tempo, pessoas que deram muito aos bombeiros. Já fiz um encontro na Suíça, onde esteve representado o comando e a direcção. Queremos realizar um novo encontro, aberto a todos. Já conhecia o Museu. É uma mais-valia para os Bombeiros. Recordei episódios passados. As condições eram outras, não eram como agora. Temos que agradecer a todos que passaram pelos bombeiros, não esquecendo o presidente honorário Ferreira Martins, que foi o presidente que mais me marcou”, destaca Manuel Pereira da Silva.