Conferência debateu liberdade de imprensa no Liberalismo e em Democracia


A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e os Jornais Maria da Fonte e Correio do Minho promoveram, na tarde de sábado, dia 12 de Outubro, mais uma iniciativa no âmbito do ciclo de conferências, ‘Maria da Fonte no seu e no nosso tempo’.
‘Liberdade de Imprensa no Primeiro Liberalismo e nos dias de hoje’ foi o tema da iniciativa, realizada no auditório do Centro Interpretativo Maria da Fonte, que teve como palestrantes Jorge Pedro Sousa, catedrático da Universidade Fernando Pessoa (Porto), e Pedro Bacelar de Vasconcelos, docente da Universidade do Minho (Braga).
Jorge Pedro Sousa elucidou os presentes que a ideia de liberdade de imprensa nasceu na Inglaterra no século XVII. É por via deste país que a liberdade de imprensa chega a Portugal, começando a ser praticada após a revolução liberal de 28 de Agosto de 1820, com a promulgação de uma lei de imprensa em 1821. Contudo, é a carta constitucional de 1826 que consagra a liberdade de imprensa.
Se no ‘Vintismo’ os periódicos eram do tipo artesanal, a partir de 1834 surgem periódicos que são normalmente os “embriões” daquilo que se haviam de tornar os partidos políticos.
De entre outras considerações, Pedro Bacelar Vasconcelos salientou que “a liberdade de expressão é sempre desde o seu nascimento e até hoje, uma bandeira política ideológica”, dando conta de que a primeira iniciativa da ala liberal da assembleia nacional foi uma proposta de Lei de Imprensa.
“A imprensa, o periodismo, acaba por sofrer do mesmo desgaste que atribuímos à democracia”, vincou Pedro Bacelar Vasconcelos. O palestrante afirmou ainda que o entretenimento e o espectáculo vendem mais que a informação assim como os critérios de relevância e de actualidade passam por condicionalismos muito diversos. São esses os critérios que acabam por triunfar”.