Editorial

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO INVISÍVEL

Rui Miguel Graça
Fazer parte de um projecto é assumi-lo como uma parte de si. Das suas paixões, das suas motivações e do seu profissionalismo. Contudo há elementos numa estrutura, ou até fora dela, cujo papel
reveste-se igualmente de enorme importância. No Jornal Maria da Fonte há uma liderança, há colaboradores directos e indirectos, todos eles com papéis diversos, mas com um sentimento único, com os leitores sempre no pensamento e na escrita, até porque eles desempenham um trabalho invisível, que se reveste de enorme importância. São as suas opiniões, as suas propostas, os seus sorrisos que nos fazem sorrir. Por mais invisível que possa pensar que é. Por vezes é na sua invisibilidade que está a sua maior virtude. A sua classe.
Uma boa liderança depende da equipa. Aliás, um bom líder é aquele que consegue potenciar a sua equipa. Tem que alimentar a sua equipa na mesma medida que necessita que ela o alimente. Naturalmente que essa figura tem que ter carisma e criar empatia com os que o rodeiam, todavia isso é igualmente e sempre um processo de criação.
Dá naturalmente trabalho. Muito trabalho. São conquistas diárias.
Um projecto depende também em larga escala da sua ligação com o mundo exterior, da sua aproximação ao universo que o rodeia, trazendo-o até si, tornando-o uma peça do puzzle ou até fazendo sentir-se elemento dessa família.
A comunidade do concelho da Póvoa de Lanhoso é, em grande medida, assim. Faz-nos sentir que somos uma peça do puzzle, que fazemos todos parte da mesma família,
que vivemos a mesma paixão. Gente afável, de bons costumes, que sabe receber, na mesma medida que espera ser recebida cada vez que deixa as portas do concelho e que entra em
outro universo. É dessa forma que vão também conquistando o seu espaço no universo exterior, que vão mostrando as suas qualidades ao mundo, os seus desempenhos e, acima de tudo, os seus sacrifícios.
Muitas vezes também de forma invisível, porque também é dessa forma que acolhem quem é estranho, quem vem de fora, quem procura o seu espaço no concelho. É assim que se constrói a identidade concelhia.