Alexandre Marques tem 12 anos...

Descendente de povoenses
dá cartas no motocross


Chama-se Alexandre Marques, tem 12 anos e nas suas veias corre sangue povoense. Nasceu na Suíça mas é filho de povoenses, da freguesia de Esperança. Aos 4 anos começou a andar de moto e desde aí não parou. Apesar da sua tenra idade, tem um futuro promissor pela frente.

Conta-nos um pouco da tua história no motocross. Com que idade começaste a andar de moto?
Acompanhava o meu pai em todas as provas e foi aí que o “bichinho” do motocross começou a nascer em mim. Quando completei os 4 anos, ofereceram-me a minha primeira moto e a partir daí comecei a minha carreira de piloto.

Que categorias e campeonatos disputaste?
 As categorias foram o 65cc e 85cc na SJMCC e 50cc, 65cc e 85cc na MXRS com passagem pela FMS.

Quais as principais conquistas até hoje?
As principais conquistas começaram em 2011, tendo ganho o 50 cc na MXRS, juntado também o 1º lugar 65cc (2012), 2º lugar em 85cc (2014) e o 1º lugar no 85cc (2015). Agora no SJMCC, ganhei o 65cc (2013) e ganhei duas vezes o 85cc (2014 e 2015), onde consegui também o 4º lugar na Master Kids 85 (Prova mundial) em 2012 e 2013.

Quem ou quais foram suas referências e inspirações para te iniciares no motocross?
A minha principal referência foi o meu pai, que sempre me deu todo o apoio neste sonho e porque sempre o admirei como piloto e passou-me o bichinho do motocross.

Como iniciou a tua parceria com equipa Husqvarna?
Em 2014, a Husqvarna lançou uma mota nova de 85cc e, como eu tinha sido campeão na categoria 65cc no ano anterior, propuseram-me e foi uma boa oportunidade para começar uma nova categoria com uma nova mota.

Quais são as principais características que um piloto deve ter para um bom desempenho nas competições?
Confiança, concentração e preparação física são algumas das características que fazem um bom piloto. Um piloto de motocross, penso que seja um dos desportos mais exigentes, tem que estar muito confiante porque, no arranque, arrancam umas 40 motas ao mesmo tempo e todos com o mesmo objectivo. Depois, temos a condução, onde convêm ser muito bom porque, para além de andar sempre a grande velocidade, temos que enfrentar grandes saltos, travagens muito bruscas e com o passar do tempo a pista vai-se deteriorando. O nível de concentração tem que ser enorme. Depois, temos a parte física pois sem uma boa preparação nada vai resultar. Temos que estar preparados para andar a um ritmo alto. Mesmo com tudo a correr bem, não significa vitória porque temos os nossos adversários que lutam pelo mesmo. Então, temos que ser inteligentes e consistentes para continuar focados na vitória.

Como é tua rotina de treinos?
Eu consegui entra para uma sportschule, uma escola de desporto, onde consigo ter um plano de treino sem interferir nos estudos. Nesta altura do ano, a parte física é a principal.
Às segundas-feiras faço natação, terça-feira tenho ginástica em grupo e depois à noite faço duas horas de bicicleta e às quartas-feiras jogo futebol com os amigos futebol e bicicleta. Já na quinta-feira, faço uma hora de jogging pela manhã e no final da tarde tenho uma hora com o meu treinador pessoal.
Às sextas-feiras, aproveito para descansar um pouco ou desloco-me para as pistas. Por exemplo, no mês de Janeiro fui todos os fins-de-semana para Itália.
Como preparação para a próxima época, no mês de Dezembro estive em Portugal, sob a orientação de um treinador de motocross (Hugo Santos), onde me deslocarei novamente.

A quem deixas os teus agradecimentos?
Deixo os meus agradecimentos aos meus pais e fãs por todo o apoio e carinho dado e também claro a minha equipa Husqvarna e aos meus patrocinadores, por me ajudarem a realizar o meu sonho.