Balanço da actividade política da oposição

PS critica Câmara por ter 
desistido do Orçamento Participativo

No final da reunião de Câmara, sessão pública, do dia 15 de Dezembro, os vereadores do Partido Socialista convocaram os jornalistas para traçar um balanço da actividade política na Póvoa de Lanhoso durante o ano de 2015.
A alienação da participação da Câmara Municipal na Águas do Norte foi uma das questões referidas. Frederico Castro considerou que esta é uma “medida errada” e vai ter consequências para todos os consumidores no concelho.
Com esta alienação, os cofres da autarquia recebem 2 milhões de euros que, segundo Frederico Castro, não se sabe muito bem como vão ser gastos nem onde.
O correcto, de acordo com aquele elemento do PS, até seria aplicar esse dinheiro na rede de água em freguesias que ainda estejam a precisar desse serviço.
Frederico Castro abordou também a questão do call center, cuja vinda para a Póvoa de Lanhoso tinha sido anunciada, assim como as avançadas negociações com uma empresa suíça. “Fomos acompanhando esse processo, processo que de repente evaporou, deixou de existir e alguma coisa estará mal contada porque não é irrelevante o facto do presidente de Câmara, na penúltima reunião de Câmara, ter disponibilizado os mails que trocou com a Randstad relativamente a esta questão e na reunião da Assembleia Municipal seguinte ter dito ao deputado municipal António Carvalho que esses mails seriam disponibilizados para consulta mas não enviados. Leva-me a crer que está alguma coisa mal contada”, disse, referindo-se ao processo do Call Center.
Relativamente ao Orçamento para 2016, o vereador Frederico Castro apontou o dedo à “desistência do Orçamento Participativo”, que é uma “brutalidade”, “renegar para um plano de insignificância total aquilo que foi o processo do Orçamento Participativo do ano passado, que envolveu centenas de pessoas, se calhar milhares de pessoas no concelho. A Câmara Municipal desistiu das pessoas”, acusou Frederico Castro.
“Aquilo que nos foi dito pela Câmara é que houve contestação de alguns senhores presidentes de junta, que não estavam satisfeitos com os resultados do Orçamento Participativo do ano passado. Não sei a quem é que o senhor presidente de Câmara se estava a referir mas era interessante que explicasse isso”, disse.

“Há uma coisa que esta Câmara fez bem que foi não aumentar as taxas de IMI para 2016. É uma boa medida, tem mérito”, referiu Frederico Castro, apontando que está directamente relacionada com a liquidação do PAEL.
“É pena que a Câmara não tenha tinha essa intenção desde que decidiu liquidar o PAEL porque os vereadores do PS alertaram para isto bem antes do Verão e foram sempre alertando para que, pelo menos, congelasse as taxas de IMI. Aquilo que seria o ideal seria baixar as taxas de IMI”, disse.