Teatro

Festival Nacional
com peça povoense

“1514 – Comédia Quinhentista”, apresentada pela Associação dos Funcionários da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso marca o arranque, nesta Sexta-feira, dia 7 de Fevereiro, da XI edição do Concurso Nacional de Teatro, que se realiza, na Póvoa de Lanhoso, até 14 de Março.
A apresentação do evento decorreu, no dia 23 de Janeiro, no Theatro Club, a sala de espectáculos que acolhe o evento, e contou com a presença de Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, de Armando Fernandes, vereador da Cultura da autarquia povoense, de Luís Mendes, da Federação Portuguesa de Teatro, e de Rui Sérgio, representante da Fundação Inatel.
A presença de uma peça povoense na fase final do Concurso Nacional é uma das novidades da edição deste ano, depois de, em 2011, a Associação Cultural da Juventude Povoense ter marcado presença no certame. No total, de 7 de Fevereiro a 14 de Março, pelo palco do Theatro Club passam nove peças a concurso (escolhida de entre dezasseis), que disputam os vários prémios, em especial o prémio Ruy de Carvalho, patrono do Concurso Nacional, entregue à produção vencedora.
“Há mais de vinte anos que a Póvoa de Lanhoso, em parceria com a ARTAM quer mais recentemente com a Federação Portuguesa de Teatro, promove e ajuda na promoção de festivais e concursos de teatro, que são já uma marca íntima do teatro associativo aqui na Póvoa de Lanhoso”, destacou o vereador Armando Fernandes, na abertura da conferência de imprensa, apontando a entrada, em 2011, da Fundação Inatel, como parceira do evento.
Revelando que o teatro é já uma tradição no concelho, Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, deu conta do orgulho especial pelo facto de uma peça povoense, da qual é fã, marcar presença na final.
“Pena é que os órgãos de comunicação a nível nacional não venham cá fazer uma pequena reportagem para ver o que de bom se faz no teatro amador”, revelou o autarca, apontando que o Concurso Nacional representa um investimento de 8 mil euros.

Prémios do concurso reflectem  as raízes e tradições
Uma das novidades da edição deste ano do Concurso Nacional de Teatro diz respeito aos prémios a concurso. Os troféus ganham um novo design e, de certa forma, prestam homenagem a um artesão povoense recentemente falecido, António César Silva, autor dos desenhos dos prémios entregues no concurso de teatro.
A filigrana e a heroína Maria da Fonte estão em destaque nos prémios da XI edição do Concurso Nacional de Teatro.
A par do novo design, o Concurso Nacional conta com novas categorias a concurso, nomeadamente para a melhor interpretação feminina e masculina secundária, banda sonora e o prémio Maria da Fonte, que premeia a peça escolhida pelo público. Outras das novidades diz respeito à sessão de encerramento, que tem o seu início pelas 18 horas.
Luís Mendes, da Federação Portuguesa de Teatro, destacou, de entre outras considerações, que o prémio Maria da Fonte é uma “forma de homenagear o público da Póvoa de Lanhoso que tem sido fiel ao longo destes anos todos e tem brindado o Theatro Club com salas cheias”.
“Este ano assistimos a um patamar de qualidade que ainda não nos tinha dado a observar. Foi extremamente interessante perceber que os grupos estão a melhorar o seu trabalho, estão a investir, estão a esforçar-se no sentido de ter trabalhos de qualidade”, revelou o responsável da Federação Portuguesa de Teatro.
“Excelente imagem do que pode e deve ser a forma de trabalhar a cultura a nível regional e local. Uma grande satisfação ver que aqui na Póvoa de Lanhoso se continua a apostar numa política cultural, na área do teatro e da cultura, de uma forma muito ambiciosa e arrojada”, destacou Luís Mendes, apontando a aposta da Câmara Municipal no Festival Nacional de Teatro.
“Num país em que a cultura é um parente, não direi pobre mas muito pobre, esquecido sistematicamente pelos governos, sem políticas culturais para o desenvolvimento do país, penso que esta aposta e direi mesmo histórica da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso em manter, com as dificuldades que hoje todos nós passamos, esta aposta na cultura e no teatro, é de facto de enaltecer e de ser propagandeada a nível nacional como um exemplo a seguir”, destacou Luís Sérgio, da Fundação Inatel, que dá nome ao Prémio Prestígio/Personalidade.
Aquele responsável apontou ainda que “a Póvoa de Lanhoso está no mapa dessas pequenas grande manifestações que acontecem no país”, elogiando ainda a excelente organização do Festival Nacional de Teatro.