Centro Educativo do Cávado, em Monsul

Presidente da Câmara mostra-se 
tranquilo e quer resolução rápida

À margem da reunião de Câmara, Manuel Baptista mostrou-se tranquilo quanto a todo o processo. “Estou tranquilo nessa questão. Espero que este assunto seja resolvido neste mandato. Neste momento, vou inteirar-me melhor da notícia. Hoje mesmo, a Câmara irá fazer um comunicado”, disse o autarca, referindo-se a uma notícia publicada por um jornal nacional, que dava conta de que a autarquia teria que devolver 1,8 milhões de euros.
Questionado por um jornalista se a funcionária chegou a assumir que falsificou o alegado visto, Manuel Baptista referiu que há um relatório onde constam as declarações que, segundo sabe, a ex-técnica da autarquia assumiu que foi ela que falsificou mas foi por “pressão do sr. presidente que ela falsificou o documento”.
Quanto a justificações para o sucedido, o autarca revelou que “ela (a ex-técnica) não tinha a ganhar nada nem a Câmara tinha que pagar nada. É um processo normal (o pedido do visto)”.
“Ela não enviou para o Tribunal de Contas o processo que lhe foi dado pela parte dos fundos comunitários e financeira para ser enviado ao Tribunal de Contas. Foi uma fase em que ela andava desequilibrada, por isso é que ela teve um processo disciplinar”, disse o autarca, revelando que aguarda serenamente o desfecho de todo este processo.
Questionado se os documentos estavam todos reunidos para que fosse atribuído o visto, Manuel Baptista adiantou que “a Câmara tinha toda a questão financeira resolvida, tinha toda a legalidade para fazer a obra. Faltava o visto e o visto só faltou por falta de competência e desleixo da técnica”, assume o autarca, dando conta do processo que levou o despedimento da ex-chefe da Divisão Jurídica e Administrativa, mas que nada tem a ver com a falsificação do alegado visto.
Manuel Baptista revelou que a Câmara apresentou uma providência cautelar relacionada com a pretensão da CCDRN, em que a autarquia tem de devolver o dinheiro recebido dos fundos comunitários. “Não queremos devolver o dinheiro. Tudo farei para não devolver o dinheiro. O dinheiro está caro e faz falta ao município”, salientou o autarca. “Estamos a trabalhar para que tudo esteja esclarecido”, disse.