EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Presidenciáveis 

As eleições presidenciais só terão lugar em 2016 mas já vão sendo faladas com regularidade nos media, principalmente na parte que diz respeito ao comentário político.
Como sempre acontece fala-se insistentemente em alguns nomes por interesses editoriais, individuais ou colectivos de certos lóbis.
Como sabemos a esquerda comunista, CDU, terá sem surpresas um candidato próprio.
O bloco de esquerda - ainda há ‘bloco’?... -, a seu tempo decidirá. E, no meio destas franjas de onde será difícil sair um candidato ganhador, aparecerá Garcia Pereira, MRPP, para mais umas horas de promoção individual onde o retorno vai direitinho para o seu escritório de advocacia. Quem sabe aparecerá também o omnipresente Marinho e Pinto.
Mas, se não houver milagres o próximo Presidente da República emanará do tal grande bloco central. E, dentro desse grande bloco, começa-se a falar insistentemente em nomes como: António Guterres; Santana Lopes; Marcelo Rebelo de Sousa; Sampaio da Nóvoa; Carlos César.
Como não vivemos tempos de as simpatias pessoais acerca de pessoas ou de cores políticas imperarem, há dois nomes que não são falados ou se o são são-no como segundas escolhas que julgo serem os que reúnem mais condições para Exercerem as funções difíceis de Presidente da República.
Para mim, Guilherme Oliveira Martins, primeiro, e Jaime Gama, logo a seguir, seriam ambos excelentes Presidentes da República.
Homens experientes onde o sectarismo político nem passa perto. Lembro o desempenho actual e passado de Guilherme de Oliveira Martins enquanto Presidente do Tribunal de Contas e ministro e  Jaime Gama enquanto Presidente da Assembleia da República e também ministro.
Nos próximos tempos precisamos de um Presidente da República competente e com o qual os portugueses não tenham muita confiança. Não, não me enganei, o “não ter muita confiança” é no sentido de alguma distancia positiva. Serem afirmativos e credíveis e não terem vulgarizado as suas imagens com a espuma dos tempos actuais.
Refiro-me a estes dois nomes de centro esquerda tendo em conta o dentro de portas porque se   falarmos do mundo global que vivemos, aí, sobressai Durão Barroso que foi só o português que desempenhou o lugar mais alto à escala internacional e que daria valor acrescentado ao cargo. Mas, como a inveja fala mais alto não vejo que tenha condições para avançar pelo menos nas próximas.
 
Até um dia destes.