Dia de Todos os Santos e Fiéis Defuntos

Um dia para recordar 
memórias dos entes queridos 

Até 2013, o Dia de Todos os Santos, celebrado a 1 de Novembro, ficava marcado pela romagem aos cemitérios, num dia em que se prestava homenagem a familiares e amigos. Vindos de vários pontos do país, e até do estrangeiro, os familiares reuniam-se num campo santo, recordando quem já partiu. O Dia de Todos os Santos, dia santo, assumia-se, de ano para ano, como o Dia dos Fieis Defuntos, comemorado a 2 de Novembro.
O feriado de 1 de Novembro foi um dos feriados religiosos abolidos pelo Governo. A supressão mantém-se pelo menos até 2018. A visita aos cemitérios transita para o Domingo seguinte ao Dia de Todos os Santos. Neste ano, a romagem ao cemitério, no Domingo, dia 2 de Novembro, coincide com o Dia dos Fieis Defuntos.
“O Dia dos Fieis Defuntos é um dia para recordar, para fazer memória daqueles que já morreram, rezar por eles e percebermos que o fim, a continuação da nossa vida é também a Eternidade”, refere o padre Armindo Ribeiro, arcipreste da Póvoa de La.
“O mês de Novembro é o mês das Almas, de rezar por aqueles que já partiram. Neste mês, há mais pessoas a frequentar a Eucaristia”, recorda o sacerdote.
“Para mim, a fé, e digamos a vivência cristã de uma comunidade, vê-se em dois lugares: pelo arranjo da Igreja e pelo carinho que têm pela sua Igreja e pelo seu cemitério. Às vezes, vê-se um certo exagero de flores no cemitério neste dia. Os pais ou os amigos gostam das flores enquanto são vivos. As flores, ou seja, que os filhos apareçam, que os levem a jantar e a dar um passeio. Isso é o que eles precisam. As flores são um gesto que revela a saudade, o carinho pelas pessoas”, revela o padre Armindo Ribeiro.