Novo Presidente do Maria da Fonte

Armando Silva
“Queremos aumentar
a dimensão do clube”

Depois de uma carreira de treinador, Armando Silva assumiu os destinos directivos do Maria da Fonte. Uma decisão “nada fácil” para o novo líder, cuja meta passa por dinamizar o ecletismo da colectividade.
Que razões o levaram a apresentar uma candidatura à presidência do Maria da Fonte?
Tudo passou por um pedido, na altura, pelo agora presidente da Assembleia Geral, Dr. António Lourenço, que juntamente com outras pessoas, viram em mim a pessoa ideal para assumir os destinos do clube. Na ocasião, pedi um tempo para pensar. Contactei algumas pessoas que eram importantes para fazerem parte deste projecto. Depois disso, do sim dessas pessoas e do entusiasmo de alguns sócios que iam passando por mim e deixando a mensagem de que seria uma boa ideia, que gostavam de me ver no Maria da Fonte como presidente, foi assim que se foi criando a vontade e tomei a decisão de aceitar liderar a candidatura à presidência da direcção.
Passa de treinador a presidente do Maria da Fonte.  O facto de ter liderado a equipa técnica permite-lhe um maior conhecimento da estrutura do clube?
Se calhar, isso foi um dos  factores que me levou a aceitar, o de já conhecer minimamente a estrutura do clube, de saber que havia algumas coisas que teriam de ser feitas de maneira diferente e levou-me a reflectir e a aceitar o desafio.
Evidentemente que, se eu não tivesse passado pelo Maria da Fonte nesta época que passou, o pensamento não poderia ser da mesma forma. Teria que me inteirar melhor da situação do clube, da forma como as coisas estavam a decorrer. Depois de estar cá, de conhecer minimamente os cantos à casa, foi mais fácil.
A opção de deixar de treinar para ser presidente foi fácil?
Não, não foi nada fácil. Essa foi a que mais me fez pensar pois, para uma pessoa como eu que gostava de treinar, decidir fazer uma paragem de dois anos como treinador custa sempre. Mas, achei que o Maria precisava de mim como dirigente e pelo Maria decidi fazer essa paragem na minha carreira de treinador por dois anos.
Foi fácil arranjar a lista para o acompanhar? O que procurou na escolha dessas pessoas?
Foi muito fácil. Mais fácil do que o que eu contava. Inclusive, há muita gente que ficou de fora, que estava disponível para fazer parte da minha lista que, de certeza absoluta, mais tarde ou mais cedo, vou inclui-los nessa mesma lista para fazer o Maria da Fonte cada vez maior, um clube mais forte. Se há coisas que me orgulho, é a vontade que houve de muitas pessoas, não só os que fazem parte da minha direcção mas outros que não fazem parte mas disponibilizaram-se para isso, e isso é importante. Procurei, acima de tudo, ter gente de trabalho, gente que saiba para o que vem, que saiba abraçar este projecto mariafontista e que, de certa forma, honrem a camisola que vão vestir e que cheguem ao fim destes dois anos, deste mandato, que se orgulhem daquilo que fizeram pelo Maria da Fonte.
O tecido empresarial concelhio tem sido afectado pela crise, o que se reflecte na diminuição de patrocínios. Que estratégias têm definidas para alcançar os apoios necessários?
A estratégia passa por trabalhar muito, por conversar com os patrocinadores, criar-lhes outros incentivos e outro tipo de patrocínios para que eles se sintam  bem connosco, que nos ajudem cada vez mais e nós, de certa forma, trabalhar cada vez mais para dar-lhes mais do que se tem dado. E nós, trabalharmos para que as empresas que nos ajudam sejam lembradas, que sejam faladas e que todos saibam que essas empresas ajudam o Maria da Fonte.
Que mensagem deixa aos sócios e simpatizantes?
Que avaliem a nossa equipa pelo nosso trabalho no final do mandato. É isso que eu lhes peço, que continuem a apoiar o Maria da Fonte, que nunca se esqueçam que o Maria da Fonte não é só a equipa sénior. O Maria da Fonte tem o basquete, tem a pesca, futsal e formação, que é um factor que não vamos descurar, que vamos apostar muito, que vamos ser muito cuidadosos, criando na formação condições que não existiam anteriormente. Vamos ter na formação um coordenador técnico que não existia nos últimos anos, vamos ter uma formação bem trabalhada. Quanto às instalações, estou a contar com o apoio da Câmara Municipal na construção do sintético no campo municipal, que penso que vai arrancar brevemente pois é uma obra que todos os mariafontistas anseiam por-que isso é importante para os nossos jovens atletas, para os nossos sócios, sentirem apoio da autarquia ao nosso clube. O sintético vai fazer com que o campo municipal fique com outras condições para os nossos miúdos praticarem desporto.
Já está escolhido o treina-dor para a equipa sénior?
Sim. O treinador da equipa sénior será o José Barroso e o adjunto será o David Vale.
Falou que a formação passaria a ter um coordenador técnico. Já esta escolhido?
Sim, está. Será o professor Vítor Dias que, juntamente com os responsáveis pela formação, já esta a tratar das equipas técnicas de toda a formação.
E as restantes modalidades do clube?
O basquetebol continuará a ser coordenado pelo Jorge Henriques que tem vindo a fazer um excelente trabalho. Quanto à pesca e ao futsal, vou falar com as pessoas que estão à frente das mesmas para se dar continuidade ao bom trabalho que tem sido feito.
E quanto ao plantel sénior, já há novidades?
Estamos a formar o plantel. Neste momento, estamos a acertar as renovações para depois passar às contratações.
Já há nomes assegurados?
Sim. Neste momento, já renovou o Marquinho, Rui Abreu, Pikua, Bruno Oliveira, Costa e o Miguel.
Quer deixar alguns agradecimentos?
Quero desde já agradecer à direção que acaba agora o mandato pelo bom serviço prestado ao nosso clube, agradecer às empresas que têm recebido os nossos directores e que nos têm dado respostas positivas e, por fim, pedir à massa associativa que se faça notar em todas as nossas iniciativas, a começar já pelo nosso primeiro evento, que é o torneio de futebol de 5 no Pontido, que decorrerá durante todo o mês de Julho. Só com a ajuda de todos conseguiremos fazer com que o Maria da Fonte seja cada vez maior.