Festas de S. José

Cortejo etnográfico foi 
um momento alto dos festejos

A vila da Póvoa de Lanhoso regressou ao século XVI, no passado domingo, dia 16 de Março, por ocasião do Cortejo Etnográfico, que reuniu à sua volta todo o concelho. Mais de 300 figurantes e 28 carros alegóricos marcaram presença no cortejo, inspirado nas comemorações dos 500 anos da renovação dos Forais Novos, por D. Manuel I. Fabricou-se pão, teceram-se mantas, trabalhou-se a pedra, o ouro e a madeira, produziu-se cerveja e vinho, venderam-se produtos no mercado, cozinharam-se várias iguarias, havendo ainda tempo para o compasso pascal, um casamento e um funeral. O mundo rural, a nobreza e o clero passearam-se pelas ruas da vila. Os povoenses não deixaram o crédito por mãos alheias e transformaram o cortejo etnográfico num dos momentos altos das festividades em honra de S. José. O tempo esteve de feição, com o sol e o calor a fazerem-se sentir, e uma verdadeira multidão invadiu a vila da Póvoa de Lanhoso. A qualidade dos vários quadros apresentados pelas freguesias, associações, escuteiros e centros de convívio do concelho, deliciaram todos os presentes. A estes, juntaram-se também os funcionários da autarquia, que abriram o cortejo, com uma encenação que pretendeu recriar a entrega da carta de foral por D. Manuel. A produção de cerveja artesanal, a estalagem, as tecedeiras, o fabrico do pão, o mercado, a caça, a taberna, a vida rural, os camponeses, o compasso pascal, o casamento, a inquisição e a tortura, a pastorícia e o trabalho da pedra, o clero, o mercado quinhentista, o mercador Vicente Gil, a sociedade no século XVI, e os descobrimentos portugueses foram alguns dos momentos representados no cortejo etnográfico. O concelho uniu-se e apresentou um momento ímpar nas Festas de S. José.