João Pardelho apresentou a sua mais recente obra

‘Automóveis com mau-olhado’

CDepois de ‘Marta’ e ‘Acontecimentos Marcantes da Minha Vida’, o povoense João Antunes Pardelho apresentou,  no passado dia 23 de Fevereiro, a sua mais recente obra: ‘Automóveis com Mau-Olhado’.
O auditório da Casa da Botica tornou-se pequeno para acolher todos os familiares e amigos que ali se deslocaram para acompanhar o lançamento do terceiro livro do autor. Como se pode ler na contracapa da obra, “com emoção, o autor recorda insólitas situações, aflitivas e inexplicavelmente misteriosas, que sucederam com todos os automóveis que lhe passaram pela mão”.
“Dificilmente consigo encontrar uma terra da dimensão da nossa que albergue, ou tenha albergado, tão elevado número de homens e mulheres dedicadas às artes e às letras, ainda para mais de significativa qualidade”, revelou o escritor e historiador José Abílio Coelho, no decurso da apresentação da obra.
“O título, ‘Automóveis com Mau-Olhado’, pode, à primeira vista, ser enganoso porque o que neste volume se encerra, o que neste livro nos é dado, o que desta obra ressalva é tudo menos mau olhado”, disse José Abílio Coelho.
“João Antunes Pardelho aproveitou episódios que viveu com a família e com os automóveis que possuiu ao longo da sua vida para nos trazer pedaços das suas vivências passadas. Todos esses automóveis lhe proporcionaram vivências, casos estranhos, episódios às vezes próximos do irreal”, revelou ainda o apresentador da obra, destacando que a mesma deveria ser lida por conhecida e lida por todos, principalmente pelos mais novos.
“É um daqueles autores que escreve por gosto, se esmera no que escreve e que, juntando esse gosto e esse esmero profissional, tem ainda muita literatura nas veias e muita memória acumulada para nos poder surpreender num futuro breve”, adiantou, pedindo que “a terra saiba aproveitar o legado literário de João Antunes Pardelho”
“A sua literatura, contribuindo para que reflictamos sobre o assunto, sobre o passado ou sobre o presente, ajuda-nos a dar forma àquilo que queremos que seja o futuro. E essa é a missão de quem se dedica à suprema e nobre arte da escrita”, considerou José Abílio Coelho.
Revelando que todos os acontecimentos relatados são verídicos, João Antunes Pardelho recordou que, como autor, romanceou algumas das situações, tornando as frases mais apelativas mas nunca se desviando da realidade.
Neste livro que dá a conhecer histórias e peripécias sucedidas com os seus sete automóveis, João Antunes Pardelho recordou que o “mais complicado e doloroso foi recordar situações insólitas, aflitivas e inexplicavelmente misteriosas” que ficaram marcadas na sua memória como “maldades do demo ou consequências do mau-olhado”, por se repetirem invariavelmente com todos os automóveis que possuiu.
Ainda este ano, o autor promete trazer à leitura uma nova obra, um livro diferente que apaixone os leitores e que o prenda à leitura página após página.
“Deixem extravasar as vossas emoções. Procurem viver com intensidade alguns relatos de acontecimentos dramáticos da minha vida ligados aos automóveis que possui”, pediu o autor aos presentes.
Agradecendo ao escritor João Antunes Pardelho pela coragem, o vereador Armando Fernandes apontou que “não é fácil, nos dias que correm, ter a coragem de escrever um livro, passar para o papel aquilo que nos vai na alma”.
“Estamos numa terra de gente da escrita, de escritores. E isso para mim, enquanto representante da autarquia, é obviamente motivo de orgulho”, salientou Armando Fernandes, que não deixou de apontar os constrangimentos financeiros.
“É evidente que eu gostaria de ter a tutela de um pelouro que tivesse orçamento para poder apoiar todas as iniciativas culturais e, nomeadamente, todas as edições que os escritores da Póvoa de Lanhoso têm a coragem de mandar para o prelo. Seria óptimo que a Câmara Municipal tivesse recursos para esse fim. Infelizmente, esses recursos são cada vez mais escassos. Mas, não tendo recursos temos este património imaterial que é a alma de cada escritor e isso é, obviamente, para nós um motivo de grande mas muito grande satisfação”, disse ainda o vereador Armando Fernandes.