Projecto já está em execução no concelho

PROVE já entrega cabazes

Os produtos hortícolas e frutícolas, oriundos de produtores do concelho, já chegam à mesa das famílias povoenses, fruto do projecto PROVE, que já está em execução no concelho da Póvoa de Lanho-so. Às sextas-feiras, entre as 17h30 e as 18h30, os vários cabazes são entregues aos consumidores inscritos no projecto.
Com um peso entre os cinco e os nove quilos, consoante a escolha do consumidor, cada cabaz integra legumes para a sopa e salada, assim como frutas e até ervas aromáticas.
Do quintal dos pequenos produtores saem os produtos frescos directamente para a mesa dos consumidores, numa oferta em que a relação preço qualidade é muito atractiva, conforme dá conta a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, em nota de imprensa.
Contribuir para a revitalização dos meios rurais e dos circuitos de proximidade, articulando produtores agrícolas locais e consumidores é um dos objectivos do projecto, promovido pela ATAHCA (Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Cávado e do Homem), com a mediação e apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso através do Gabinete de Apoio ao Bioagricultor.

Consumidores e produtores satisfeitos
A vereadora da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Fátima Moreira, é uma das consumidoras e destaca as vantagens do projecto. “Agora sei que os produtos que consumo são produtos com qualidade e, acima de tudo, de produtores locais, produzidos com os devidos cuidados. São produtos de confiança”, refere, salientando que “em casa, já sentem a diferença. Os produtos são melhores e consumimos mais legumes”. Além disso, refere que começou a utilizar as ervas aromá-ticas que vêm no Cabaz. “As crianças já sentem a diferença, pois começámos a comer mais legumes. Também já fazemos chá com as ervas aromáticas. Tudo é melhor e conheci produtos que não conhecia como o limonete”. Maria José Lourenço também já está inscrita como consumidora. “Relativamente aos produtos estou muito contente e a qualidade dos mesmos é superior aos que habitualmente comprava e além disso isto é uma forma de apoiar os produtores locais. Sempre que possível divulgo esta iniciativa junto dos colegas e até já consegui que uma se inscrevesse”, refere. Esta professora também já explicou aos filhos o porquê desta iniciativa e a razão de ter aderido. Elvira Santos também participa. “Estou muito contente com esta iniciativa. Noto que estes produtos são mais frescos. E gosto de ver os produtores locais a vender estes produtos”, considera, revelando que já divulgou o projecto a familiares e que estes também vão aderir. Marco Abreu também é consumidor. “O principal propósito de ter aderido é, sem dúvida, apoiar o produtor local. Estamos muito contentes com os produtos”, salienta, considerando positiva esta iniciativa e referindo que “a forma mais rápida de dar a volta à economia começa por aqui”.
Da parte de quem produz, as expectativas são boas. Maria Emília, 42 anos, de São João de Rei, é uma das produtoras aderentes. Depois de ter to-mado conhecimento deste projecto, frequentou a formação e as reuniões preparatórias, tendo resolvido aderir por acreditar nesta medida, já que dispunha de terreno disponível, com árvores de fruto e ervas aromáticas. Participa porque quer rentabilizar os seus terrenos e alargar o cultivo. João Domingos Silva, 37 anos, de Friande, já é empresário agrícola pelo que o cultivo não é novidade. Salienta que já produzia, mas que agora já vende. Refere ainda que tem mais terrenos e que está preparado para aumentar a produção e até alargar os terrenos. “Gostaria de ter estufas para poder produzir mais”, afirma ainda. Isabel Oliveira, 27 anos, de Taíde, produz em terrenos próprios. Tem uma pequena horta e decidiu participar para poder escoar todos os produtos que tem nos seus terrenos. Pretende produzir e vender mais.