Secção de Programas Especiais da GNR

Ao encontro dos invisuais

Como é que um cego sabe que está perante um agente da autoridade? A dúvida foi colocada  numa acção realizada pela GNR, através da Secção de Programas Especiais do Destacamento Territorial (DTER) da Póvoa de Lanhoso, junto dos utentes da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga (AADVDB).
A Secção de Programas Especiais está empenhada em estabelecer uma maior pro-ximidade com cegos e amblíopes e avança com uma parceria com a AADVDB que já deu os primeiros passos.
Numa acção de sensibilização que mobilizou cerca de duas dezenas de utentes da AADVDB, o coordenador da Secção, cabo Nuno Cruz, procurou auscultar os principais problemas de segurança que sentem no dia-a-dia.
“Queremos saber onde moram para tentar implementar um patrulhamento mais frequente” explicou o cabo Nu-no Cruz.
A AADVDB tem utentes de vários concelhos do distrito, pelo que o objectivo é passar a informação aos postos territoriais da GNR locais.
Os cegos e amblíopes tiveram oportunidade de tocar nalguns objectos utilizados pelos militares da GNR, incluindo a arma de serviço das forças de segurança - a Glock - e o crachá que os podem ajudar a identificar um elemento policial.
“Ainda existem algumas lacunas na relação do invisual com as forças de segurança” assume o responsável da Secção de Programas Especiais do DTER da P. Lanhoso.
“Pretendemos adoptar medidas e até rectificar comportamentos no atendimento ao cidadão invisual” explica o graduado, que está a planear visitas periódicas ao Posto da GNR da P. Lanhoso e algumas acções de mobilidade na vila povoense. No quadro da parceria com a AADVDB está prevista a elaboração de documentação em braille, a começar pelas brochuras da GNR com conselhos sobre prevenção de burlas e outros conselhos que já foram abordados nesta primeira acção.