Escola Secundária unida


Apelo à Não-Violência Escolar

A formação de um laço humano foi um dos momentos que marcou o “Dia da Não-Violência Escolar e da Paz” celebrado, no dia 30 de Janeiro, em várias escolas de todo o mundo, ao qual se associou a Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso.
Depois da leitura, em sala de aula, de um texto sobre a importância deste dia e o dever de cidadania de cada um, a comunidade escolar – alunos, professores e assistentes operacionais, envergando uma t-shirt onde assumiam um compromisso anti-bullyng, concentraram-se no campo de jogos daquele estabelecimento de ensino para a construção de um laço humano. O momento contou, também, com a apresentação de uma performance e de cartazes a apelar à não-violência escolar. “Bullyng não é brincadeira”, “Direito de expressão não é direito a agressão” e “Diga não ao Bullyng” eram algumas das frases empenha-das pelos alunos presentes. Desta forma, toda a comunidade escolar uniu-se na erradicação da violência em contexto escolar.
Todas as iniciativas foram realizadas no âmbito do “Connecting Classrooms”, projecto promovido pelo British Council com o apoio, em Portugal, do Ministério de Educação através da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e do Instituto Português da Juventude (IPJ), que envolve uma parceria com escolas da Grécia, República Checa e Reino Unido (Londres) e do qual é parceira a Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, que integra o ENA Cluster, juntamente, as Escolas EB 2,3 de Paranhos, Matosinhos e de Mosteiro e Cávado e, ainda, as Secundárias de Caldas das Taipas, Carlos Amarante e Dr. Joaquim Gomes Ferreira. Trata-se, segundo os promotores, de um projecto direccionado para as questões do multiculturalismo, da inclusão e, como tal, da promoção dos valores da tolerância, solidariedade e respeito dos direitos humanos.
“O Dia 30 de Janeiro, dia da morte de Gandhi, é o dia escolhido para a não-violência na escola. É importante que nós sensibilizemos os nossos alunos para este flagelo que há, de bullyng na escola, seja erradicado. Provavelmente, a sociedade é também responsável por isto e compete à escola, também, alertar os nossos jovens para que este flagelo seja erradicado”, explicou António Teles, professor da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso e coordenador da construção do Laço Humano.
“Este é um problema global que nos aflige a nós, portugueses, mas também a todo o mundo. É necessário que entendamos que os direitos à liberdade, à fraternidade, à igualdade, à tolerância e ao multiculturalismo sejam reais e não fictícios”, referiu ainda aquele responsável.
Assumindo a Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso como uma escola inclusiva, José Ramos, director daquela unidade de ensino, alertou para a necessidade da presença de um psicólogo no estabelecimento de ensino.
“Somos uma escola inclusiva e, como isso, temos que nos preocupar sempre com as questões que possam de alguma forma ferir a sensibilidade do mais frágil. Essa foi desde sempre a preocupação da escola”, salientou.
“Não têm casos concretos mas há um caso ou outro que a gente desconfia. O lamento que a escola tem é o de não ter um psicólogo”, referiu o responsável, quando questionado sobre situações de bullyng naquele estabelecimento.
O Gabinete do Aluno foi a forma encontrada para compensar a ausência de um psicólogo, onde os alunos se deslocam e são atendidos. Em algumas ocasiões, o Gabinete do Aluno conta com a presença de duas enfermeiras do Centro de Saúde da Póvoa de Lanhoso.
“Falta-nos urgentemente um psicólogo”, referiu ainda António Ramos, revelando que o estabelecimento de ensino tem verbas para um serviço de psicologia e orientação mas falta o aval do Ministério das Finanças para que o serviço possa ser implementado.