Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso


Número anormal de incêndios

De 1 a 17 de Outubro, os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso registaram 108 incêndios florestais, um mero bastante elevado, comparativamente com o resto do ano e com anos anteriores. De Janeiro a 17 de Outubro, e no concelho, os soldados da paz combateram 280 incêndios, sendo que destes, 108 foram nos primeiros 17 dias de Outubro. A estes números, juntam-se ainda os 107 incêndios combatidos fora do concelho, na ajuda às corporações de concelhos vizinhos.
“Não tem comparação possível. Costumamos receber cerca de 300 a 400 alertas para incêndios por ano cuja incidência é sobretudo nos meses de Julho e Agosto. Quanto ao mês de Setembro, em alguns anos, é também um mês complicado. Nunca tivemos um mês de Outubro com um número tão grande de ocorrências. Tal situação tem a ver com muitas razões, de ordem climatérica, como é evidente, mas tem a ver, sobretudo, com as pessoas por-que, como eu digo há muitos anos, 99% dos incêndios são de origem criminosa”, refere António Lourenço, comandante dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
Na primeira quinzena de Outubro, as altas temperaturas, aliadas a uma baixa humidade facilitaram o alastramento do fogo e levaram a incêndios de maiores dimensões.
Um dos exemplos surgiu na passada segunda-feira, dia 17 de Outubro, no Monte Vermelho, em Friande. Recebido o alerta por volta das 7h30, o incêndio, que chegou a ter três frentes de fogo activas, só foi dado por extinto por volta das 17h30.
Apesar deste número elevado de ocorrências no mês de Outubro, regista-se uma área ardida inferior ao ano passado.
Com um dispositivo no terreno inferior aos meses de Julho e Agosto, António Lourenço revela que não tem sido fácil mas mostra-se muito satisfeito com a resposta dada pelos bombeiros povoenses. “Sempre que foi necessário conseguimos ter os meios indispensáveis para resolver os problemas. A resposta que os voluntários dão, que o corpo activo em geral dá, é uma óptima resposta que deixa o seu comandante muito feliz”, destaca António Lourenço.
Friande, S. Gens de Calvos, Lanhoso, Serra do Carvalho (este ano muito fustigada pelo fogo), Galegos e Garfe foram alguns dos locais onde se registaram os incêndios florestais que exigiram um maior esforço aos soldados da paz povoenses.