Voluntariado


Férias aproveitadas
para vigiar a floresta


Trocaram a praia e o lazer pelo voluntariado e empregam o seu tempo livre a vigiar a floresta do seu concelho. São 32 os jovens voluntários para a floresta que se revezam pelos quatro postos de vigia da Póvoa de Lanhoso.
Se para uns é a primeira vez, outros já são repetentes e continuam empenhados na missão.
O programa de Voluntariado Jovem para as Florestas do Instituto Português da Juventude (IPJ) já mobilizou 350 jovens no concelho povoense, desde as primeiras candidaturas há seis anos.
Este ano, o município da Póvoa de Lanhoso espera chegar à meia centena de jovens, o que será conseguido com a candidatura aprovada para prolongar a vigilância até Setembro.
Para André Martins e Eduarda Moura, ambos estudantes, é a primeira missão como voluntários para as florestas.
Instalados no posto de vigia da Serra do Carvalho, garantem que está a correr bem e que até “tem havido poucos incêndios”.
No dia em que o ‘Correio do Minho’ visitou o posto de vigia, André e Eduarda detectaram uma ignição em Geraz do Minho que ficou resolvida em minutos.
Antes de irem para o terreno, os jovens têm formação ao nível de cartografia para aprenderem a identificar os locais e poderem dar indicações fiáveis, explica Manuela Freitas, do Gabinete Técnico Florestal (GTF) da Póvoa de Lanhoso.

Sensibilizados para a protecção da floresta
Do alto do posto de vigia de Oliveira, os jovens voluntários alcançam os concelhos da Póvoa de Lanhoso, Guimarães e Fafe.
Hélder Duarte, de 19 anos, e Mónica Moreira, de 21, são os voluntários daquele posto.
Ele está no programa pela segunda vez. Ela já é veterana e já conta quatro a vigiar a floresta.
Para Hélder Duarte, que se prepara para ingressar no ensino superior, “é um serviço que se presta à comunidade” aproveitando as férias.
Mónica também destaca o “serviço público”, mas sobretudo o facto de “proteger o que é nosso”.
Estes dois jovens estão de olho na maior mancha de pinheiro manso do concelho povoense.
Mesmo assim, às vezes, o tempo custa a passar e, sobretudo, em dias de calor, os jovens procuram alguma sombra.
Filipa Oliveira e Mafalda Carvalho, estudantes e no programa pela segunda vez, já começam a ganhar gosto neste tipo de voluntariado.
Ambas assumem que estão, hoje, mais sensibilizadas para a prevenção de incêndios e para a protecção da floresta.