Assembleia Municipal


Execução orçamental divide...

A análise da actividade do município e a sua situação financeira; a ratificação da deliberação da Câmara Municipal da entrega das Chaves da Vila ao Presidente da República; a apreciação e votação da proposta de alteração dos limites territoriais do concelho e a apreciação e votação do Relatório de Gestão e Prestação de Conta do exercício de 2010 foram os assuntos que marcaram a agenda da sessão ordinária da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, realizada no Theatro Club, no passado dia 29 de Abril.
Quanto a votações, a entrega das Chaves da Vila ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e a definição dos limites territoriais do concelho mereceram a unanimidade dos deputados presentes, ao passo que o Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2010 foi aprovado com os votos favoráveis da bancada social--democrata e as abstenções da bancada socialista e do deputado do CDS/PP.

Taxa de execução divide bancadas
“O documento espelha a capacidade deste executivo, apesar das muitas contrariedades, em concretizar maioritariamente as iniciativas e projectos que assumiu em sede de plano e orçamento”, explicou Gabriela Fonseca, vice-presidente da Câmara Municipal, dizendo ainda que “a execução obtida, na ordem dos 70% não sendo extraordinária é muito positiva e ao nível dos anos anteriores”. A vice-presidente apontou ainda que há concelhos no distrito que apresentam taxas de execução na ordem dos 50%, “bem reveladores das dificuldades sentidas em 2010”.
A edil destacou ainda, e como consta do documento apresentado, que o ano 2010 ficou marcado por uma permanente instabilidade financeira e política a nível nacional que teve os seus reflexos na Póvoa de Lanhoso. Gabriela Fonseca apontou os cortes, a meio do ano, nas transferências do estado e a diminuição da actividade imobiliária que se reflecte na diminuição das taxas e receitas. “Apesar do cenário não ser o mais propicio, concluímos as obras que iniciamos em 2010, reforçamos o empenho na preparação de candidaturas a fundos comunitários e realizamos a maioria das iniciativas previstas”, destacou a vice-presidente da Câmara Municipal.
António Ramalho, da bancada PS, apontou que a Câmara teve a maior receita de sempre, e que a mesma nos últimos três anos cresceu 17%. Aquele elemento do PS apontou o dedo ao executivo quanto ao aumento da despesa corrente e à redução dos investimentos. “Para além dos centros educativos não há nada de substancial”, disse António Ramalho, apontando que nos últimos quatro anos a despesa corrente cresceu na ordem dos 25%. Contrariamente a António Ramalho, o líder da bancada do PSD, Nuno Aguilar, considerou que a realização orçamental de 70% é um excelente indicador, é uma demonstração de que o orçamento nos permitiu fazer e concretizar muitas das necessidades dos povoenses”. O último ponto contou com o voto favorável do PSD e a abstenção do PS e do deputado do CDS/PP.