“Os políticos não são todos iguais”
MF - Já foi solicitada a sua ajuda pelos povoenses?
FC - Algumas juntas de freguesia já solicitaram apoio na resolução de determinadas questões, mas também instituições como associações e IPSS´s. Contactam-me no sentido de esclarecer dúvidas relativamente a documentos e até ajuda na resolução de pequenos processos que são importantes para o seu dia-a-dia. Preocupo-me especialmente neste momento com o eventual fecho do SAP da Póvoa aos fins-de-semana. Tenho estabelecido contactos no sentido de perceber qual é a posição da ARS-Norte e o que podemos perspectivar, para os habitantes. Importa garantir que as necessidades das pessoas ficam salvaguardadas, seja através de um serviço da natureza do que actualmente é prestado, base-ado no protocolo existente com a Santa Casa da Misericórdia, seja através das USF’s que podem ter vários modelos alternativos mediante as necessidades de determinada localidade. Tenho tentado ajudar à resolução do problema, embora não tenha sido solicitada a minha intervenção por parte da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, porque o que está realmente em causa são os interesses dos habitantes do nosso concelho, e não a renovação de um protocolo com esta ou aquela instituição.

MF - Foi um dos mentores da proposta de alteração do Programa Porta 65 Jovem, de apoio aos jovens arrendatários...
FC - Acho-o muito importante para os jovens casais, principalmente num concelho como a Póvoa de Lanhoso e num distrito como Braga onde a percentagem de habitantes jovens é das mais elevadas do país. As alterações introduzidas permitem que o universo de jovens beneficiários possa ser maior no que respeita às possibilidades de candidatura e ao consequente acesso ao programa, prevendo-se o aumento do apoio mensal atribuído, em função de critérios sociais e espaciais e possibilitando a mobilidade dos jovens beneficiários. Permite que os jovens possam beneficiar do apoio ao arrendamento mais cedo, no momento em que iniciam a sua vida profissional. Passa a ser possível apresentar candidaturas ao Programa Porta 65 durante o primeiro ano de trabalho. Até agora, exigia-se que os jovens declarassem os seus rendimentos relativos ao ano anterior ao da candidatura, estando assim impedidos de beneficiar do Programa os que não trabalhassem há, pelo menos, um ano. Com esta nova possibilidade, os jovens que ainda não tenham declarado os seus rendimentos por estarem a iniciar a sua vida profissional, podem beneficiar. Deixa também de ser necessário apresentar um contrato de arrendamento para se poder realizar as candidaturas, bastando apenas um contrato-promessa de arrendamento. Esta medida permite que mais jovens se possam candidatar, e que o arrendamento se inicie apenas quando o jovem sabe que vai beneficiar do Programa. Estes são só alguns exemplos da evolução que sofreu este programa sendo estas propostas que vão claramente no sentido da promoção de uma maior independência, emancipação e autonomia dos jovens do nosso país. Ouvi muitos queixarem-se a este respeito nos últimos anos, por isso decidi que esta seria a minha primeira iniciativa legislativa enquanto deputado, que foi concertada com os restantes jovens deputados do GPPS e acompanhada com sucesso pela restante bancada parlamentar e por outros grupos parlamentares...