Entrevista a António Pereira, Presidente da Junta de Freguesia de Fontarcada

“Sem a LEAR e o ISAVE
o parque industrial ficou parado,
sem uso e sem rentabilidade”


Depois de quatro anos como tesoureiro da Junta de Freguesia de Fontarcada, António Pereira lançou-se num novo desafio e é, desde o dia 10 de Outubro, o presidente da Junta. Para além das várias obras, a falta de oportunidades de emprego é uma das grandes preocupações uma vez que permitiria fixar os mais jovens e todos aqueles que gostariam de criar raízes naquela freguesia.


Maria da Fonte - É difícil ser-se presidente de Junta? Como está a ser esta experiência?
António Pereira – A dificuldade do cargo reflecte-se na capacidade de dar resposta capaz às solicitações da população, assim como na obtenção de feed-back do município aos requerimentos que lhe são apresentados. Neste início de mandato, ainda não aconteceu o primeiro e efectivo encontro onde ambas as instituições dialogam e trocam informação que, como é óbvio, irão no sentido das ânsias da população, que democraticamente depositaram a sua confiança nos seus eleitos em sufrágio no pretérito dia 11 de Outubro de 2009. Estou certo que a abertura e entendimento surgirão em tempo útil e o executivo municipal actual liderado por José Manuel Batista, que publicamente já afirmou ser um amigo de Fontarcada e que se rodeou de elementos capazes, e por isso mais-valias, como por exemplo a vereadora Fátima Moreira, com estreita afinidade a Fontarcada, certamente honrarão os pergaminhos marifontistas, onde a dignidade, a rectidão e o bom relacionamento em prol do bem comum, serão palpáveis não raramente.
Esta experiência de liderar o executivo, na freguesia de Fontarcada, está a ser uma alavanca e um reforço na postura que sempre demonstrei ao longo do tempo. Apesar do curto espaço temporal que medeia a tomada de posse e o momento actual, e daí ser prematuro fazer um balanço, espero que o município se revele receptivo e cooperante, pois o aspecto financeiro é elemento preponderante na realização de obras que sem o apoio municipal não serão exequíveis. A ver vamos.

MF – O que o levou a assumir a candidatura à Junta de Freguesia?
AP - Tendo participado activamente no mandato anterior como tesoureiro do executivo, e porque inúmeras pessoas me abordavam com palavras de incentivo para avançar para uma candidatura, reforçado também pelo convite do Partido Socialista e sentindo que ao fazê-lo iria existir um não abandono daqueles que me apoiavam e estaria de forma mais própria no contributo à causa pública, aceitei o desafio. Foram recolhidas opiniões, sugestões e alguns conselhos, formando uma equipa que julgo ser valorosa, capaz e digna de confiança, até porque a rectidão com que o percurso trilhado desde a composição da equipa até ao fecho das urnas e até à data tem sido fantástica. Um factor preponderante e que permitiu a união de forças foi a amizade e a empatia de forma generalizada.

MF – Quais as maiores preocupações da Junta de Freguesia?
AP – De entre outras, as maiores preocupações são, de facto, a falta de oportunidades de emprego que permita a fixação de jovens e todos os outros que gostariam de cá ficar e o aspecto social dos mais velhos, em que muitas vezes são esquecidos e lembrados apenas pontualmente.
Concluir a rede de água e saneamento ao domicílio e a pavimentação de algumas artérias que se encontram em terra e que nesta altura de Inverno, as águas pluviais toldam a sua fisionomia, transformando-as por vezes em sulcos intransitáveis e mesmo invadindo algumas habitações. Espero que algumas dessas obras tenham início a curto prazo pois, para além do transtorno que causa às pessoas, já foram adjudicadas e entregues para empreitada no mandato anterior.
É claro que, estar aqui a esmiuçar as maiores preocupações não é fácil nem justo pois as propostas apresentadas no programa eleitoral vão todas elas no sentido de uma preocupação constante e atenta e que tentaremos concretizar...