Grupo Desportivo de Porto d’Ave

Uma fábrica de sentimentos

O mundo parece ter sido pintado num quadro de xadrez, num tabuleiro de magia. Em Taíde há uma paixão com paladar, com raízes até à Suiça numa corrente inebriante.
Fundado em 1978, o Grupo Desportivo de Porto d’Ave vive o seu momento mais intenso, mais elevado. De uma equipa que funcionava por impulsos, tornou- se numa janela para o mundo em trinta anos. Crescimento sustentado, aliado a um forte ligação ao coração, ao sentimen-to das suas gentes, numa organização forte, estruturada e com asas para o futuro. Em Taíde já uma missão: a paixão foi descoberta e chama-se Porto d’Ave. Olhar para dentro, observar o exterior foi o passo seguinte na formatação de uma casta com selo de qualidade. Nada é artificial, mas tudo tem vida própria. Até a imensidão que envolve o seu Parque de Jogos serve para dar largas à fantasia, ao crescimento.
Quem conhece o clube, toda a sua envolvência, toda a sua intimidade, sabe e nota que há uma visão, um caminho pensado e elaborado. Sabem qual é o trilho a seguir, sabem como fazê-lo e apenas o tempo vai ser conselheiro e justiceiro da verdade. Passo a passo, degrau a degrau, como se o mundo fosse pintado numa camisola de xadrez, num tabuleiro que não está liberto de si próprio, do peso da história, da força da cultura e, até, de uma educação própria.
O saber, o ver, o sentir, o tocar e até o inalar Porto d’Ave. Tem raízes até à Suiça e nenhum dos sentidos pode ficar indiferente.
Neste processo de crescimento a criação do cargo de director de comunicação foi tido como peça importante, para o Porto d’Ave abrir os braços, para poder espalhar o seu paladar com mais intensidade. Ricardo Pedro Pereira, é do mesmo sangue do presidente, tem a visão comunicadora e justifica a necessidade com o facto de “a Póvoa de Lanhoso estar tão perto e tão longe dos grandes centros urbanos”, facto que “limita a acção do clube em vários aspectos”, sendo um deles “a visibilidade exterior”.
Assume-se como um “portodavense de gema” e como tal “não podia recusar tal convite, tamanha missão”. Seja calor, seja frio o Porto d’Ave provoca arrepios. Mexe e agita com as emoções de uma comunidade que vive intensamente o clube.
Viver o Porto d’Ave parece, por vezes, respirar música, ouvir perfumes ou até dormir nas estrelas. Nas veias das suas gentes corre uma corrente inebriante, um som íntimo, uma paixão com paladar. É dançar nos sentidos, viver uma organização assente em 30 mil metros de histórias e de memórias, envolvida numa paisagem contagiante, a céu aberto, onde o horizonte se perde nas doçuras da natureza.
As montanhas em seu redor, podiam até ser a própria Suíça, onde existe uma casa do clube, que um dia esteve para ser filial do Boavista.
É ligar o presente com o futuro, com uma missão enraizada.
O que vai ser nos próximos trinta anos será a vontade dos deuses a designar, mas a simbiose dos trinta passados faz erguer o queixo desta fábrica de sentimentos.

João Fernando, treinador: “Estão reunidos os ingredientes para ser um clube da moda num futuro próximo”

O rigor tem sido linha de comando. João Fernando é tido como um pilar na estrutura. Sente orgulho pelo passado que tem, assume-se como um homem feliz e vê
o Porto d’Ave apetecível.
Já com vínculo até ao final de 2010, João Fernando lança as bases para a próxima temporada. Assume que gosta do Porto d’ Ave, mas a sua ambição obriga a manter o horizonte no limite máximo e como tal quer ver um clube “diferente ano após ano” e para esta temporada não pretende assistir a mais derrotas e traça um lugar de destaque na pauta classificativa como marca no projecto. João Fernando não tem dúvidas que no futuro o Porto d’Ave vai ser um clube da moda.
Reparte os louros com a restante equipa técnica, reserva também uma palavra de carinho para as camadas jovens e pretende um clube cada vez mais ganhador. Os seus sentidos acreditam que as asas do Porto d’Ave no futuro vão ser douradas. “O Porto d’Ave vai ser um dos clubes mais apetecíveis da Associação de Futebol de Braga. Há condições para isso. É um clube sério, liderado por gente competente, humilde e tenho a certeza que quando o Porto d’Ave tiver um campo sintético não vão faltar jogadores para representar este clube. É um clube que sabe o quer, sabe para onde caminha e isso é muito importante. Há dinâmica de vitória e queremos que esses valores continuem a ser assim”.
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CAMADAS JOVENS
No berço com vontade de vencer


João Fernando começou o seu trajecto na formação do Vitória de Guimarães. Sabe o que custa, conhece os cenários e como tal, com orgulho, partilha três vezes por semana o campo de
jogos, como os mais novos, aqueles que vão figurar na vitrine no futuro.
As camadas jovens no Porto d’Ave foram vistas em tempos antigos como um porto de abrigo para ocupar os mais novos numa actividade de lazer, tem agora outro discurso. Há rigor, há sede de conquista e no berço começa-se a falar logo em vitórias. “Ninguém gosta de um clube perdedor e, para integrarem no futuro a equipa sénior, é preciso construírem uma mentalidade for-te no presente”, destaca João Fernando.
O Porto d’Ave tem todos os escalões de camadas jovens e todos estão em classificações de destaque. Uns mais do que outros, mas também isso é fruto das fornadas. Há uma certeza, que nenhuma das equipas ocupa as zonas baixas da tabela e, como tal, esses construtores do futuro, estão bem lançados para um dia entrarem pela porta principal, para fazerem parte da casta de elite.
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