No Centro Interpretativo Maria da Fonte

‘Camilo Castelo Branco
e a Póvoa de Lanhoso’
abre ciclo de conferências


No intuito de assinalar a passagem dos 170 anos da Revolução da Maria da Fonte, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, através do Centro Interpretativo Maria da Fonte (CIMF), preparou um ciclo de conferências, as quais, na maioria dos casos, serão acompanhadas por exposições paralelas e envolvendo alguns dos principais ou mais relevantes parceiros do CIMF.
Este Ciclo de Conferências, para além de evocar historicamente a passagem do 170.º aniversário da Revolução da Maria da Fonte, também denominada Revolução do Minho, propõe-se, conjuntamente com os jornais ‘Maria da Fonte’ e ‘Correio do Minho’ (que assinalam, respetivamente, 130 e 90 anos de existência em 2016), fazer transpor para a contemporaneidade um conjunto de temáticas relevantes consideradas “Ao tempo da Maria da Fonte” e que no nosso tempo renovam a sua pertinência.
“Estamos numa fase de instalação do Núcleo Documental do Centro Interpretativo Maria da Fonte. Esta iniciativa emana dessa vontade de transformar este espaço num ponto de excelência para o estudo e divulgação da nossa heroína. E este ciclo de conferências comemorativas dos 170 anos da revolução do Minho vai nessa linha de orientação”, afirma o Vereador para a Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Armando Fernandes. “Espero que os povoenses adiram às iniciativas que, conjuntamente com os jornais ‘Maria da Fonte’ e ‘Correio do Minho’, iremos promover até ao final do ano. Os povoenses que já visitaram o Centro Interpretativo Maria da Fonte saem  de lá maravilhados. Espero que mui-tos outros encontrem disponibilidade para nos fazerem uma visita e fruírem da informação que temos disponível”, acrescenta.
Com periodicidade mensal, este ciclo inicia-se a 23 de abril com a temática ‘Camilo Castelo Branco e a Póvoa de Lanhoso’.
 Camilo Castelo Branco dedicou, na sua obra, uma relevância significativa à Póvoa de Lanhoso. Para além de referências esporádicas ao topónimo desta terra em obras como Novelas do Minho, há pelo menos três romances do mestre de Ceide que têm este concelho como importante palco das suas tramas, nomeadamente O Demónio do Ouro (1873), A Brasileira de Prazins (1882) e Maria da Fonte (1885). Obras que se tornaram não apenas excelentes crónicas de costumes do tempo, mas, também, um espelho onde encontramos refletido o pensamento político do autor em determinada fase da vida.