Armindo Veloso




  

Os sons que são os nossos

Os sons emitidos ao pronunciarem o nosso nome diz quem sabe que têm vários efeitos todos eles positivos ao ponto de sem darmos conta nos portarmos de forma diferente para com quem os pronuncia.
Bom dia; como está?; está bom?; tudo bem?; ora viva, etc, etc, são cumprimentos todos eles simpáticos sem dúvida mas não há como um rasgado bom dia senhor Manuel ou uma boa tarde dona Amália.
Pela minha parte tento decorar ao máximo os nomes das pessoas com quem me relaciono ocasionalmente tratando-as pelo nome. Quando se frequenta assiduamente um determinado local onde contactamos com muita gente para resolvermos os mais variados assuntos, um hospital por exemplo, é uma ginástica permanente tratarmos as pessoas: colaboradores operacionais, enfermeiros, médicos, etc, pelos seus nomes.
Vem isto a propósito o quão espantado fico ao constatar que quase todos esses profissionais tratam os utentes, neste caso refiro-me ao hospital de Braga, pelos seus nomes.
É música para os nossos ouvidos ouvirmos o nosso nome desde os balcões de atendimento nos mais variados serviços até ao corpo clínico.
Olá Sr. Armindo Veloso, bom dia; como está sr. Armindo?
São formas de se nos dirigirem que nos ajudam muitas das vezes a pormos um sorriso na cara coisa que não fazíamos há horas.
No hospital de Braga não sei se é regra de conduta ou não. Sei, constato, que a grande maioria das pessoas que nos prestam serviços servem-nos com o nosso nome à frente e com uma empatia raros de se verem.
Este texto não tem atrás de si qualquer intenção de reacção seja de quem for. Mas, vou partilhar com os meus leitores um facto. Há uns meses atrás escrevi neste mesmo espaço acerca da excelência dos serviços públicos de saúde que eu tinha experimentado nos hospitais de Braga e de S. João no Porto.
Passaram-se duas ou três semanas e recebi do conselho de administração do hospital de Braga uma carta, assinada pelo seu presidente, a manifestar o seu agrado pelo que eu dizia no texto.
Fiquei pessoalmente honrado mas muito mais do que isso fiquei, e fico todos os dias, orgulhoso por termos um hospital como o de Braga. Que é o nosso!
     Até um dia destes