EDITORIAL


Armindo Veloso
 

Renascimentos

Li nas férias um livro de Ken Follett – escritor britânico que já vendeu mais de cem milhões de cópias dos seus trabalhos – intitulado ‘A Queda dos Gigantes’.
A essência das quase mil páginas – o problema do manuseamento de um livro destes não é de somenos. As editoras deveriam ter isso em atenção - é a primeira guerra mundial.
A maior parte de nós tem uma ideia mais ou menos clara acerca da história da primeira guerra mundial. Porém, quando ela é historicamente relatada com romance pelo meio é mais facilmente apreendida.
Os “caprichos” pelo lado dos “ofendidos”: Alemanha e Áustria-Hungria, deram origem à primeira guerra. Os “caprichos” dos vencedores “recreados” no tratado de Versalhes foram a semente da segunda guerra mundial, muito mais presente no conhecimento generalizado das populações.
Pois é. Se a humilhação imposta à Alemanha naquele tratado foi a semente da segunda guerra mundial, os resultados pós segunda guerra com, também, muita humilhação à mistura, não terão sido a semente para o renascimento da grande Alemanha, mais tarde reunificada, que hoje temos?
Pelo lado da economia, para já só (??!!), a Alemanha está a impor as suas regras ao resto da Europa.
Mais, se se dizia que a senhora Merkel – personificação do ‘mal’- iria perder as eleições, fruto do seu pensamento, inabalável, económico/financeiro, as últimas sondagens, a três semanas das eleições, dizem categoricamente o contrário.
Como será o futuro com uma super Alemanha a comandar os cordelinhos da Europa?
Não se deve nunca humilhar um derrotado.
Se ele for de “boa cepa” renasce mais forte.
Então duas vezes!...

Até um dia destes.