EDITORIAL


Armindo Veloso
 

Colheitas previsíveis

Recebi um email de um amigo que quando o abri e comecei a ver o vídeo apeteceu-me desligar. Não que seja ou queira ser santinho mas porque naquela hora não me apetecia ver “xaxadas” ou afins. No entanto, de onde era a proveniência trazia a chancela de credibilidade e deixei estar.
Francamente não me parece que seja uma montagem. Mas, se o for, é na mesma uma boa metáfora para os dias de hoje.
Então o que reproduzia o vídeo? Dois jovens, uma rapariga e um rapaz entram numa casa de banho. O rapaz talvez com dezassete ou dezoito anos, puxado pela rapariga, cambaleante,  com uma garrafa na mão, a rapariga, sôfrega de desejo, encosta-o à parede e começa aos beijos. Daí a pouco o rapaz, quase sem ar..., afasta-a. A reacção da rapariga, mais ou menos da idade dele, é empurrá-lo violentamente contra a parede e retomar os beijos intensos. Mais uma vez o rapaz a afasta, aí a resmungar querendo dizer provavelmente que se estava a sentir mal – a garrafa de álcool continuava na mão..., qual quê, a rapariga desata ao estalo, no início, vira-se à joelhada, depois, e, por fim, já com ele no chão, espanca-o com pontapés.
Fim da história: ele fica a contorcer-se de dores no chão e ela rapa da garrafa e sai triunfante da casa de banho.
Este caso com algum dramatismo será extremo. Mas, quem anda por aí vê coisas que na sua essência vão dar ao mesmo.
Semeamos?
Estamos a colher.

Até um dia destes.