EDITORIAL


Armindo Veloso
 

Cumpridor

“A política é uma das coisas mais efémeras que há”.
Esta frase foi dita por José Manuel Fernandes, ex-presidente da Câmara de Vila Verde a desempenhar actualmente o lugar de deputado europeu.
Ele sabe do que fala.
O Eng. José Manuel Fernandes, Zé Manel para toda a gente que vier por bem, é um homem que estando a desempenhar um lugar com uma competência e dedicação raras, levando consigo, sem complexos de provincianismo, a sua terra e sua cultura, corre o risco de não fazer parte dos “eleitos” para os primeiros lugares da lista de candidatos a eurodeputado.
Sabendo como sabemos por experiências passadas que o partido de governo leva normalmente um cartão amarelo nos resultados alcançados particularmente nas eleições europeias, haverá muito provavelmente menos eleitos nas listas do PSD. Se juntarmos a isso o facto de ele, o Zé Manel, ter apoiado para presidente do partido Paulo Rangel e não Passos Coelho – as máquinas partidárias são quase sempre vingativas - estão montadas as condições para que Portugal e muito em particular o Minho deixar de ter o eurodeputado que mais o foi, na sua plenitude, que me lembre.
Se quisermos eurodeputados para gabinete e pouco mais, força, ponham lá os “tios” e as “tias” da política que vão para lá ou para outro sítio que lhes dê visibilidade, pelo menos. Se não é para isso o José Manuel Fernandes constará por mérito próprio, não tenho dúvidas, nos primeiros lugares da futura lista para deputados. A não ser que cumprir de “A” a “Z” com o que prometeu aos seus eleitores não conte...
Haverá justiça e bom senso?

Até um dia destes.