EDITORIAL


Armindo Veloso
 


0123

Acho piada aos números que compõem o ano que aí vem. Espero que ao eu os ter colocado por ordem crescente no título desta crónica seja um bom presságio.
Francamente, na minha opinião será dos anos mais difíceis das últimas décadas e ou a coisa começa a dar para o bem e se vislumbram sinais de esperança ou teremos o caldo entornado e bem entornado.
A Europa, toda ela, está em crise mas o garrote que os países do sul têm suportado depois de anos de prosperidade fabricada à custa de dinheiros sujos - sim sujos, porque o dinheiro dos mercados quando impingido de forma irresponsável pelos bancos transforma-se em dinheiro sujo - terá de ter um fim.
Quando nos levantarmos do chão e olharmos para trás, a história está cheia de quedas e levantamentos, quem sabe não teremos saudades destes anos loucos de abundância aparente.
Ainda gostava de saber como os historiadores do futuro descreverão daqui a cem ou duzentos anos os últimos vinte. Será como as “dores de parto” de uma Europa Federal que resultou num grande estado de Nações unidas por interesses comuns e próspera ou será como o início de uma “tempestade perfeita” chamada Europa onde o estado social aí criado, e que nós hoje temos e defendemos, vai ser visto como uma ilusão que entretanto se esfumou?
Para já, peçamos um 2013 com o essencial.


BOM ANO NOVO!

Até um dia destes.