EDITORIAL


Armindo Veloso


Europas

Há duas europas em que eu acredito.
A primeira, uma Europa Federal onde exista uma união política a sério, com um governo central que promova direitos e deveres semelhantes para todos.
Sei que não é fácil dadas as disparidades claras entre cada Povo/Nação/Estado cujas especificidades múltiplas teriam obviamente de ser mantidas. Mas, não tenho dúvidas que com vontade política de líderes europeus, fortes, teriam de ser outros..., não levaria mais de duas décadas a termos no terreno essa grande Europa. Lembremos o que aconteceu com a unificação alemã que ainda foi ontem...
Essa grande Europa, com quase 600 milhões  de habitantes, o dobro dos EUA, bem liderada,  também ultrapassaria em pouco tempo em termos económicos este país e ombrearia com as duas grandes potencias demográficas, a China e a Índia, que se estão a tornar gigantes económicos com especial destaque para a China que já o é.
A segunda, uma Europa das fronteiras, que vi-gorou no passado, onde cada país viva no essencial fechado sobre si próprio. Essa Europa é necessariamente uma Europa muito mais pobre, muito mais egoísta, perigosa e nada solidária.
Uma coisa é certa, só uma destas europas terá futuro.
A que temos, que não é carne nem é peixe, não vai a lado nenhum.
Cá para mim, estes líderes que temos pela Europa fora, e os que a representam nos respectivos órgãos comunitários, querem é viver um dia de cada vez e logo se verá.
Não são líderes destes que glorificam a história dos povos.
Se pensasse como eles, o Sr. Helmut Koll nunca teria reunificado a Alemanha. Que dores de cabeça ele teve; que insónias ele teve. Ah, no final perdeu as eleições.
A história é feita destes líderes!
Até um dia destes