Abertura do novo ano lectivo


Dentro da normalidade

Está tudo a postos para a abertura do novo ano lectivo no concelho da Póvoa de Lanhoso. Com o transporte, alimentação, as actividades de enriquecimento curricular e livros assegurados, espera-se que tudo corra dentro da normalidade. No tocante ao primeiro ciclo e pré-escolar, o novo ano lectivo arranca com menos escolas. Neste ano, encerram as suas portas o jardim-de-infância de Frades assim como os estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo de S. Gens de Calvos, Esperança e Arosa, que pertencendo esta ao concelho de Guimarães integra o Agrupamento de Escolas do Ave.
O transporte foi negociado com as Juntas de Freguesia de Travassos e Esperança e com o Centro Social de Calvos, excepto o dos alunos de Arosa que está a cargo, como é óbvio, da autarquia de Guimarães.
De acordo com Gabriela Fonseca, vereadora da educação e vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, o Ministério da Educação, através da DREN (Direcção Regional de Educação do Norte) foi peremptório ao não permitir o funcionamento de escolas com menos de 21 alunos. A este processo escapou a escola do 1.º ciclo de Louredo, uma vez que a autarquia tem já em construção o Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes, que integrará os alunos das freguesias de Louredo, S. Martinho do Campo, Vilela e Santo Emilião.
“Já reunimos com os pais e os presidentes de Junta e está tudo tratado, quer o transporte, quer a alimentação das crianças. Os livros já estão também encomendados”, referiu a responsável pela educação concelhia, no tocante às freguesias que vêem encerrar os seus estabelecimentos escolares.
“Decidiram fechar as escolas mas não se comprometeram a pagar o transporte. O ano passado, com as escolas do baixo concelho a encerrar as suas portas, conseguimos que o poder central suportasse 60% do custo com o transporte mas essa verba ainda não foi remetida à autarquia ”, dá conta Gabriela Fonseca. O atraso estende-se, também, à alimentação e ao prolongamento do horário.
Cerca de cinquenta mil euros por mês é o valor despendido pela Câmara Muni-cipal para a alimentação dos alunos do pré-escolar, prolongamento de horário do pré-escolar e alimentação dos alunos do primeiro ciclo de ensino. A estes custos, junta-se, também, a verba gasta com o transporte dos alunos. Quanto ao número de alunos, o pré-escolar conta com 228 alunos, ficando o primeiro ciclo com 1060 alunos.

Centro D. Elvira Câmara Lopes abre portas no ano lectivo
Cerca de 2,5 milhões de euros é o valor a investir na construção do Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes, localizado na freguesia de S. Martinho do Campo. Com data prevista de abertura para o ano lectivo de 2012/2013, o equipamento integra, de entre outros espaços, oito salas para o primeiro ciclo e quatro salas de aulas para o jardim-de-infância. Um mini-pavi-lhão, com campo de jogos, completa aquela construção. A inauguração, ao que tudo indica, ocorre no dia 25 de Setembro de 2012, dia em que se assinala o “Dia do Municipio”.
Além deste, o baixo concelho prepara-se para, dentro em breve, receber as obras de construção do pavilhão gimnodesportivo. Neste momento, as propostas estão a ser analisadas e aquela estrutura irá surgir no terreno contíguo ao Centro Educativo do Cávado, em Monsul, e ficará disponível, após o período de aulas, para os habitantes e colectividades do baixo concelho.
“Vamos continuar a investir muito forte na educação. É uma das prioridades. Vamos aproveitar o QREN, que financia em boa parte estes investimentos. É claro que exige um esforço muito grande da Câmara até porque há algum equipamento que não é ilegível em termos de candidatura”, destaca a vereadora Gabriela Fonseca.
“Como executamos as candidaturas que tínhamos previsto em mais de 70%, vamos poder apresentar candidaturas à ‘Bolsa de Mérito’”, anuncia a responsável, dando conta que o Centro Educativo de Taíde será uma das candidaturas a apresentar à ‘Bolsa de Mérito’.

Oferta dos livros ao 1.º ciclo novas regras
“Efectivamente, o dinheiro é menos quer para as famílias quer para as autarquias. Desde o início do ano, temos vindo a assistir a uma redução dos benefícios sociais às famílias. Isso foi capa dos jornais, em que 595 mil famílias ficaram sem abono de família. Naturalmente, que estão aí incluídos povoenses”, revela Gabriela Fonseca.
“Este ano, constatamos que há menos crianças com escalão A e B, o que significa que houve, efectivamente, um número significativo de famílias que ficaram sem abono de família”, adianta a vereadora da educação, assegurando que a autarquia vai apoiar as famílias povoenses com a distribuição gratuita dos manuais escolares a todos os alunos do 1.º ciclo , do 1º ao 4º ano de escolarideade.
Exceptuando os livros de fichas, gratuitos para os alunos do escalão A, todos os outros livros são entregues, no final do ano, à Câmara Municipal para que, no ano seguinte, esses mesmos livros possam ser utilizados por outros alunos. Juntamente com os livros, cada encarregado de educação compromete-se a devolver os livros no final do ano lectivo. Tal opção, permite à autarquia a redução dos custos com os manuais escolares, mantendo o apoio aos alunos do concelho. Cerca de 30 mil euros é o valor gasto pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso com os livros dos quatro anos do 1.º ciclo.
“Vamos sensibilizar as pessoas para que mantenham os livros em bom estado para que outros alunos possam beneficiar dos mesmos livros”, frisou a vereadora da Educação.

Jovens apoiados pela autarquia
Para além do apoio no transporte, alimentação e livros aos alunos do concelho, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso despende de uma verba de 36 mil euros com a atribuição de bolsas de estudo. Podendo ser encarado como um apoio à família, o programa “Juventude em Movimento”, aberto todo o ano, com maior visibilidade no Verão, permite um primeiro contacto com o mundo do trabalho e com os jovens a adquirir novas competências.
Apesar de todos os constrangimentos financeiros a autarquia está atenta e preocupada com a situação das famílias povoenses e tudo faz para apoiar e estar perto das pessoas. Como se pode constatar, a Câmara Municipal nunca investiu tanto na educação como agora. A par destas medidas na educação e juventude existem outras medidas de apoio às famílias no âmbito da Acção Social.