EDITORIAL



Armindo Veloso




ORGULHO

Somos um povo que vive picos de euforia intercalados com grandes períodos de depressão.
Quem o diz são os grandes estudiosos na matéria e basta estarmos um pouco atentos ao comportamento dos portugueses ao longo da história para o comprovarmos.
Vivemos nos últimos tempos um desses malfadados períodos de depressão.
No meio de um ror de notícias que nos ajudam a ir para o buraco depressivo, chamou-me à atenção pela positiva uma que nos deve encher a todos de orgulho. Refiro-me à nomeação do Dr. Horta Osório para a presidência do Lloyds Bank.
Horta Osório já era presidente do Santander em Portugal. Sem dúvida um grande cargo. Mas, passar de um “departamento regional” de um dos maiores bancos do mundo para presidente mundial de um dos maiores bancos do mundo, o oitavo, é como comparar o monte de S. Mamede à Serra da Estrela.
Portugal tem os tais picos de euforia que se podem comparar aos picos da excelência. Dentro da mediania universal destacam-se pessoas que chegam ao “tecto do mundo”.
Que honra que é vermos várias figuras portuguesas chegarem lá acima na cena internacional.
Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia; António Guterres, Alto Comissário para os Refugiados; José Mourinho, melhor treinador de futebol do mundo; António Borges, o mais alto responsável europeu do FMI e agora Horta Osório um banqueiro de excelência mundial entre outros de grande qualidade nas mais variadas áreas menos mediáticas, devem-nos animar.
A estes homens e mulheres não lhes caiu na cabeça o sucesso profissional. Este, foi fruto de um somatória de factores, um deles vinculativo: o trabalho!
Impressionou-me o que Horta Osório disse acerca das suas novas funções. Disse ele, que a sua maior missão no Lloyds é restituir o dinheiro aos contribuintes britânicos. Referia-se, como alguns dos meus leitores se lembrarão, à intervenção do governo britânico no banco que, sendo o maior banco inglês, teve que ser nacionalizado em 40% para não entrar em colapso.
Os maiores sucessos para si, Dr. Horta Osório. O prestígio dos portugueses por esse mundo fora só ajuda Portugal.

Até um dia destes.