manifestação organizada pela Comissão de Utentes juntou centenas de pessoas


Povoenses protestam
contra o encerramento do SAP

“A saúde é um direito. Sem ela nada feito” foi uma das palavras de ordem ouvidas na noite de sexta-feira, dia 9, no decurso da caminhada de protesto contra o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente, aos fins-de-semana e feriados, no Hospital António Lopes, fruto da não renovação do protocolo com a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso por parte da ARS Norte. A manifestação, organizada por uma comissão de utentes e liderada pelo povoense Pedro Vale, teve o seu início junto à Câmara Municipal e culminou junto ao Hospital António Lopes, onde aí se encontrava Humberto Carneiro, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, assim como alguns mesários da instituição, a quem foi entregue uma moção em defesa do direito à Saúde na Póvoa de Lanhoso. No referido texto, é destacada “uma perda de qualidade dos cuidados de saúde prestados pelas unidades do Serviço Nacional de Saúde locais”, a falta de médicos de família e os milhares de utentes sem médico de família. Quanto ao encerramento do SAP, a comissão de utentes dá conta de que o mesmo é “um novo e duro golpe no direito à saúde”.
A suspensão da revogação do protocolo estabelecido entre a ARS Norte e a Santa Casa e o reforço dos meios humanos e técnicos para que se retome o funcionamento pleno do Centro de Saúde, que assegure o atendimento permanente e capacidade de resposta nas 24 horas do dia são algumas das exigências constantes na referida moção.
Segundo Pedro Vale, estão a ser preparadas outras iniciativas de protesto. De acordo com os elementos da comissão de utentes, nos próximos dias, os povoenses podem dirigir-se às juntas de freguesia do concelho e assinar o abaixo-assinado contra o encerramento do SAP, que posteriormente será entregue às entidades competentes...