Explosão tirou a vida
a dois povoenses
Duas pessoas faleceram, no dia 17, vítimas de uma explosão que ocorreu numa fábrica de explosivos, localizada no lugar de Cima de Vila, na freguesia de Taíde. Tudo aconteceu por volta das 11h50 e, segundo apuramos, as duas vítimas procediam à destruição de resíduos quando se terá dado a explosão, cujas causas estão a ser investigadas pelas autoridades policiais.
A explosão provocou a morte a Adelino António Rodrigues, de 55 anos, residente no lugar dos Moinhos Novos, na Póvoa de Lanhoso, e a Alice Maria Vieira Oliveira, de 47 anos, residente na freguesia de Oliveira, ambos funcionários da empresa Moura, Silva & Filhos S.A., local onde ocorreu a explosão e que emprega cerca de 50 pessoas.
De acordo com Carlos Macedo, da Associação Portuguesa dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE), o acidente que vitimou as duas pessoas ocorreu numa zona de queima de resíduos. Os dois trabalhadores encontravam-se num local próprio destinado à queima desses resíduos e tal tarefa é feita diariamente e comum a estes tipo de empresas.
“Trata-se da queima de pequenas quantidades de resíduos. A legislação obriga a locais próprios de queima”, referiu Carlos Macedo. “As embalagens que saem com explosivos têm que regressar. Existe uma legislação específica e não podem ser depositadas em qualquer ecoponto. Têm que ser destruídos num local próprio, devidamente autorizado pela Direcção Nacional da PSP, e devidamente vigiado e controlado”, explicou o responsável da APIPE.
“Os donos estão em estado de choque pois esta situação mexe com toda a gente”, adiantou ainda Carlos Macedo que garantiu ainda que a empresa funciona há vários anos e possui todas as credenciais. “Todas as regras são cumpridas”, afirmou aquele responsável.
Carlos Macedo afirmou ainda que só depois do inquérito realizado pelo Departamento de Armas e Explosivos da PSP é que se poderá saber as causas da explosão. “Algo correu mal”, disse...