Assembleia Municipal
em polvorosa
Realizada no Theatro Club, a sessão ordinária da Assembleia Municipal da P. Lanhoso iniciou-se pelas 21 horas e terminou de madrugada. Antes de se passar aos pontos da ordem de trabalhos, teve lugar o período antes da ordem do dia, onde Armando Fernandes, novo vereador do executivo camarário, foi visado em alguns dos discursos. Nuno Aguilar, líder da bancada social-democrata frisou que “devemos esperar que, apesar das dificuldades que se esperam para este ano, o executivo camarário mantenha a sua louvável atitude de grande proximidades aos desfavorecidos, dando corpo ao que será o Ano Europeu da Luta contra a Pobreza e Exclusão Social”. “Ajudemos os povoenses a vencer as dificuldades com dedicação ao trabalho, atitude de rigor, de persistência e de fazer bem”, apelou Nuno Aguilar...
Troca de mimos entre PS e PSD
“O que se passou na última AM foi vergonhoso e um verdadeiro atentado à democracia que alguns apelidaram, e bem, do instalar da lei da rolha e do quero, posso e mando. Para tudo isto contribuiu o presidente da Assembleia Municipal que num comportamento autoritário quis ser o principal protagonista dessa sessão, procurando calar qualquer ataque, procurando condicionar qualquer das intervenções que a bancada do PS fez”, acusou Pedro Silva, da bancada PS, num dos momentos quentes da noite, tendo também tecido algumas considerações acerca de Armando Fernandes, o novo vereador do executivo social-democrata. Tal como Pedro Silva, também as palavras de Frederico Castro se dirigiram a Armando Fernandes. “Que a sua intervenção nestes quatro anos seja diferente daquela que teve nos últimos quatro”, disse Frederico Castro. “Foram os povoenses que me elegeram e é aos povoenses, naturalmente, que terei que prestar contas. Daqui a quatro anos estarei disponível para que façam a avaliação do meu trabalho. Não me furtarei a tomar decisões. Fui para isso que fui eleito. Não irei permitir que alguns, sob a capa de da ocupação de certos cargos públicos, sejam o impedimento para a tomada de algumas decisões”, disse Amando Fernandes, na resposta. Humberto Carneiro, presidente da AM, visado nas declarações de Pedro Silva, pediu a defesa da honra para intervir. “O senhor confunde autoridade com disciplina”, disse Humberto Carneiro, que acusou ainda alguns elementos do PS de atitudes menos próprias na anterior sessão. “Se está numa estratégia concertada de me limitar na minha acção não vá por aí porque esse é o caminho errado”, avisou o presidente da AM. Depois de algumas considerações sobre as taxas de IMI, Gabriela Fonseca, vice-presidente da Câmara, deu conta da perda de receitas no tocante às verbas arrecadadas com o IMI. Segundo aquela responsável, em 2008 o município arrecadou 1 milhão de euros e em 2009 as receitas arrecadadas foram cerca de 660 mil euros. Gabriela Fonseca deu ainda conta que tinha disponibilizado estes números a António Lourenço, depois da realização da reunião de câmara, no dia em que teve lugar a primeira assembleia municipal deste mandato, durante a qual foram aprovadas as novas taxas de IMI...