Taíde viveu dias de intensas tradições
Bifes e melões são imagem de marca da Romaria de Nossa Senhora do Porto d’Ave

Falar na Romaria de Nossa Senhora do Porto d’Ave é falar na Romaria dos “Bifes e dos Melões”.
À forte componente religiosa, que traz à freguesia de Taíde devotos de vários pontos da região, junta-se a parte profana, com os bifes e os melões a serem imagem de marcada da romaria. A ‘Noite Gerações’ é outra das iniciativas marcantes dos festejos e tem sido carimbada pelo sucesso. Iniciada a 18 de Agosto, a Romaria de Nossa Senhora do Porto d’Ave teve o seu culminar no domingo, dia 1 de Setembro, dia principal dos festejos em que os actos religiosos, eucaristia e procissão, estiveram em destaque. De manhã, D. Manuel Linda, bispo auxiliar de Braga, presidiu à eucaristia religiosa e, de tarde, vários andores, ornamentados com flores naturais, e diversas figuras alegóricas integraram a majestosa procissão. O bom tempo trouxe muita gente até à romaria, com a procissão a merecer rasgados elogios.



‘Bifes à romaria’
para saciar o apetite

“O segredo é a qualidade da carne”, explica António José Sousa Silva, do Grupo Desportivo de Porto d’Ave, por ocasião da preparação dos famosos “Bife à Romaria”, o prato identificativo da festividade. No “comando” do fogão estava Conceição Ferreira. Aos bifes de qualidade, estes vindo do Talho Novo, da vila da Póvoa de Lanhoso, junta-se a cebolada e a batata cozida. O segredo? Continuam a dizer que é a qualidade da carne. Muita cebola, alho, louro, sal, um pouquinho de piripiri e tomate dão corpo à cebolada, à qual se junta a batata cozida e o bife frito, temperado só com sal. No espaço, promovido pelo Porto d’Ave, marcavam presença 110 quilos de bife, com o tamanho dos exemplares a causar admiração.

Crise também chegou
à venda dos melões

Depois do prato principal segue-se a sobremesa, com os famosos melões a deliciar os convivas. Este ano, os vendedores de melões marcaram presença em menor número.
A diminuição das presenças verificou-se, também, nos vendedores ambulantes. “É efeito da crise”, dizia um popular ao passar na Avenida do Arruado, no centro dos festejos. Ezequiel Brandão, vendedor da empresa “Aires Aguiar Mesquita”, de Famalicão.
“Já venho cá há cerca de 40 anos. Este ano, de um modo geral, o ano não foi muito bom para melões, devido às intempéries dos finais de Maio e início de Junho.
Houve dias em que as noites foram muito frias e durante o dia as temperaturas estiveram muito elevadas. Isso fez com que os melões se queimassem. Para o nosso meloal até correu bem mas a nível geral houve uma quebra de cerca de cinquenta por cento”, explica aquele vendedor, apontando que o preço do quilo do melão casca de carvalho se situa nos 5 euros, preço que se vem mantendo ao longo dos anos. Para a romaria vieram entre 200 e 300 quilos de melões, aos quais se juntam algumas melancias. Aqui, também se sente a crise e as vendas caíram bastante.