Concelho perdeu um dos grandes
lutadores da liberdade

A Póvoa de Lanhoso perdeu um dos grandes combatentes da Liberdade. Francisco Tinoco de Faria faleceu no dia 25 de Novembro, em Lisboa, dois dias antes de completar 85 anos de idade. A notícia da sua morte chegou à Póvoa de Lanhoso, no final da tarde daquele dia, e depressa se espalhou, entristecendo os amigos e conhecidos do ilustre advogado. Relembrando a pessoa de Francisco Tinoco de Faria, aqueles que com ele de perto privaram recordam o homem culto, afável e respeitador, assim como o advogado conceituado e prestigiado.
Apesar de ter nascido em S. Victor, em Braga, as suas raízes estavam na Póvoa de Lanhoso, terra onde viveu durante várias décadas e onde exerceu a sua actividade profissional. Formado em Direito na Universidade de Coimbra, Francisco Tinoco de Faria, oriundo de uma família de seis irmãos, abriu o seu escritório de advogados na Rua Dr. Tinoco de Faria, nesta vila.
António Barros, que actualmente exerce a sua actividade no Centro Distrital da Segurança Social, foi um dos colaboradores de Francisco Tinoco de Faria. Ao lembrar aquele com quem privou durante cerca de dez anos, António Barros relembrou algumas das passagens de sua vida e não deixou de enaltecer as qualidades de Francisco Tinoco de Faria, relembrando o homem amigo dos necessitados (os quais defendia sem cobrar qualquer valor), de grande carácter e dignidade. Gustavo Silva, Casimiro Pinto da Silva, Francisco Gaspar, António Barros e Cândido Barros foram os povoenses que prestaram serviço no seu escritório na Póvoa de Lanhoso.
Francisco Tinoco de Faria era pai de Maria Amália e de João Holbeche Tinoco de Faria, também ele advogado e presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, de 1993 a 2003. A par da sua brilhante carreira como advogado, o “dr. Chico Faria”, como era carinhosamente tratado pelos amigos, integrou a Assembleia Constituinte, em 1975, foi um dos fundadores do PS e presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, de 1989 a 1993...