
Armindo Veloso
SOCIEDADE PARTICIPATIVA
Um jornal como o ‘Maria da Fonte’ que já existe há cento e vinte e quatro anos e, fruto disso, já viveu de quase tudo, também ele já teve imensas transformações nos seus conteúdos e na forma de os apresentar. Hoje a comunicação entra-nos em casa ao minuto através da internet, das televisões e da rádio. O que é que um jornal quinzenário poderá acrescentar à informação entretanto recebida por cada um de nós? Muito, respondo eu. Mas, esse muito, só existirá se a sociedade, toda ela, for participativa e empenhada.Pouco interessa ao ‘Maria da Fonte’ noticiar aquilo já divulgado há muitos dias pelos jornais diários e pelas rádios. Poderá, aqui e ali, desenvolver uma forma mais próxima e pormenorizada mas pouco mais do que isso. O que o ‘Maria da Fonte’ tem de fazer, e tem-no tentado, é divulgar coisas do pé da nossa porta, da nossa freguesia, da nossa paróquia. Essa informação, fundamental, é fácil de obter? Não, não é. Sem a ajuda das forças vivas das freguesias, paróquias e de todos nós, não se torna possível. Os meios necessários para se fazerem rondas assíduas por todas as freguesias/lugares seriam incomportáveis. O que acho é que também é dever das Juntas informar aquilo que tem interesse público para através de um “megafone” importante que é o ‘Maria da Fonte’ difundir essa informação pela ‘nação’ povoense residente no concelho, no país e no estrangeiro. Umas vezes por comodismo, outras por razões diversas, não nos damos ao trabalho de informar, hoje, para sermos informados, amanhã. Os assuntos políticos têm interesse, é certo, mas, muito mais interesse têm as pequenas coisas, as que não nos chegam... Dir-me-ão que quem ganha o dinheiro que trabalhe. Meus caros, um projecto como este só sobrevive por gosto e por respeito à instituição. Não dá para mandar cantar um cego. Vamos lá, se as Juntas e os párocos nos despertarem para a informação local, faremos um jornal muito melhor. Ficaremos todos a ganhar.
Até um dia destes.