Armindo Veloso




O DAVID E O GOLIAS


O Jornal Maria da Fonte fez no passado dia três 124 anos. É, pois, o primeiro número depois dessa data. Os profissionais de qualquer coisa quando essa coisa é vivida apaixonadamente são levados a fazerem os seus julgamentos pelo coração deixando de lado a razão. Desapaixonadamente, pergunto-me muitas vezes como é que com o mundo de informação que nos entra pela casa adentro todos os dias através das televisões e da net ainda temos tantas e tantas centenas de assinantes, pagantes, espalhados por esse mundo fora no nosso jornal. A história de uma instituição é isso mesmo. Por muitas tempestades que haja, como são sólidas, aguentam-se às intempéries. Sabemos que um dia teremos um fim, como tudo na vida, mas, sabemos também que enquanto mantivermos a postura de verticalidade, não agradando a todos como também o Outro não agradou, será necessário um terramoto de grande escala para nos derrubar. A informação local, por muita concorrência que tenha, tem sempre o seu lugar. Tenho dito e escrito que este jornal está sempre de portas abertas a quem vier por bem. Entenda-se vir por bem como trazer mais valias, maiores ou menores mas mais valias, quer sejam informativas ou opinativas. Não temos lugar para acertos de contas ou para aquilo que, na nossa opinião, sempre discutível, claro, não tenha a mínima qualidade e interesse público por muitas insistências que nos façam chegar.
O Maria da Fonte é vosso.
Pela nossa parte esperem o nosso melhor.
Para o ano fazemos 125. Ah, daqui a 124 fazemos 248...
Até um dia destes.