Esperança - Padre António Leitão

Bodas de Ouro Paroquiais

Ordenado a 3 de Julho de 1955, o padre António Leitão da Silva chegou a Esperança no dia 2 de Setembro de 1962, aí permanecendo até aos dias de hoje. A data festiva, as Bodas de Ouro Paroquias, foi assinalada no passado dia 2, num momento em que foi descerrada uma placa comemorativa pelo presidente da Junta de Freguesia de Esperança, José Alberto Pereira, e pelo presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
Os festejos não culminaram nesse dia e tiveram a sua continuação no domingo, com a celebração de uma missa e um lanche-convívio.
Há 50 anos atrás, António Leitão da Silva chegou a Esperança. No dia da sua chegada, um dos habitantes partiu para o Brasil. José Casimiro Gonçalves, que se encontra radicado até aos dias de hoje no Brasil, quis assinalar tão importante data, oferecendo um novo órgão para a Igreja Paroquial e associando-se à festa realizada no passado domingo.
Aos festejos associou-se também o povo da freguesia, a Junta, a Câmara, bem como a Misericórdia, onde o sacerdote desempenha as funções de capelão. Manuel Baptista, acompanhado dos vereadores da autarquia e elementos do seu gabinete; Humberto Carneiro, provedor da Misericórdia; Agostinho Vieira, administrador-delegado do Hospital António Lopes; e vários mesários da Santa Casa marcaram presença nas cerimónias festivas que contaram com a presença de D. Jorge Ortiga, arcebispo-primaz de Braga, assim como de vários párocos do concelho.
A Junta de Esperança, a Assembleia de Freguesia, o Grupo Desportivo, a Fábrica da Igreja, o Grupo Coral e o Centro de Convívio marcaram também presença nos festejos. No final das cerimónias, o padre António Leitão da Silva foi presenteado com várias ofertas pelas entidades presentes.
“No princípio, fiquei um bocadinho desanimado porque isto estava tudo muito atrasado e era preciso desenvolver a freguesia, fazer muitas coisas de novo. Esta Igreja estava completamente deteriorada, quase sem telhado, a meter água e a residência estava na mesma situação. Naquele tempo, não havia estrada para a igreja e tudo foi caindo por si próprio”, explica o sacerdote, dando conta da sua vinda há 50 anos atrás.
“Consegui a estrada para aqui. Tive que ir duas vezes a Lisboa. Depois é que começamos a renovar isto tudo”, adianta. Para além de sacerdote, cumpriu, de 66 a 70, um mandato como presidente da Junta de Freguesia. Durante 25 anos foi também professor na Escola EB 2,3 Professor Gonçalo Sampaio, na vila.
“Tive as minhas dificuldades como toda a gente tem porque era uma mudança muito grande de ambiente e a freguesia estava bastante desanimada porque não tinha padre. Tive que chamar as pessoas à família paroquial “, revela o padre António Leitão.
“Com isso tudo, comecei a sentir uma certa alegria de estar aqui e vi que o povo estava a gostar do que estava a fazer”, adianta.
“Estou alegre e tenho tudo o que quero”, diz, mostrando-se satisfeito com o bom entendimento com o povo da freguesia. Quanto a melhoramentos, aponta a capela mortuária como uma necessidade.
“Que nos amemos uns aos outros como Cristo nos amou” é a mensagem deixada pelo padre António Leitão da Silva.