Armindo Veloso




O DAVID E O GOLIAS


O Jornal Maria da Fonte fez no passado dia três 124 anos. É, pois, o primeiro número depois dessa data. Os profissionais de qualquer coisa quando essa coisa é vivida apaixonadamente são levados a fazerem os seus julgamentos pelo coração deixando de lado a razão. Desapaixonadamente, pergunto-me muitas vezes como é que com o mundo de informação que nos entra pela casa adentro todos os dias através das televisões e da net ainda temos tantas e tantas centenas de assinantes, pagantes, espalhados por esse mundo fora no nosso jornal. A história de uma instituição é isso mesmo. Por muitas tempestades que haja, como são sólidas, aguentam-se às intempéries. Sabemos que um dia teremos um fim, como tudo na vida, mas, sabemos também que enquanto mantivermos a postura de verticalidade, não agradando a todos como também o Outro não agradou, será necessário um terramoto de grande escala para nos derrubar. A informação local, por muita concorrência que tenha, tem sempre o seu lugar. Tenho dito e escrito que este jornal está sempre de portas abertas a quem vier por bem. Entenda-se vir por bem como trazer mais valias, maiores ou menores mas mais valias, quer sejam informativas ou opinativas. Não temos lugar para acertos de contas ou para aquilo que, na nossa opinião, sempre discutível, claro, não tenha a mínima qualidade e interesse público por muitas insistências que nos façam chegar.
O Maria da Fonte é vosso.
Pela nossa parte esperem o nosso melhor.
Para o ano fazemos 125. Ah, daqui a 124 fazemos 248...
Até um dia destes.


CASTELO

Gala do Emilianos
De forma singela, mas muito divertida, a II Gala do Emilianos F. C., denominada ‘Emilianinhos de Ouro’, realizada no dia 2 de Janeiro, homenageou jogadores e directores do clube. De forma divertida, dado o nome atribuído a cada um dos troféus, os atletas brindaram cada um dos presentes com um ‘Emilianinho de Ouro’. A alegria e a excelente camaradagem estiveram bem patentes nesta gala. Aos seus autores endereçamos os nossos parabéns.

Conferência no ISAVE

Cancro não significa morrer
A prevenção é a palavra chave no sucesso da luta contra o cancro”, referiu Cristiana Fonseca da Liga Portuguesa Contra o Cancro, no decurso da conferência sobre o cancro da mama realizada no dia 7 de Janeiro, no ISAVE, em Garaz do Minho. No decurso daquela conferência, Cristiana Fonseca alertou para a necessidade de “desmistificar a doença”. “É preciso fazer entender que cancro não é morte”, disse ainda aquela responsável da Liga Portuguesa Contra o Cancro da região norte. Para além destes alertas, aquela responsável adiantou que a correcta implementação dos rastreios poderá reduzir a taxa de morte em 20%. A nível europeu, aparecem anualmente 210 mil novos casos, com a mortalidade a atingir 75 mil pessoas. No tocante ao panorama nacional, anualmente são detectados seis mil novos casos de cancro da mama, com 2000 mil deles a conduzir à morte. Levar os rastreios a todo o território nacional; aumentar até aos 75 anos as mulheres a rastrear; adquirir novos equipamentos; e aumentar a detecção de estádios precoces são alguns dos objectivos da Liga Portuguesa Contra o Cancro para o corrente ano. Para além de Cristiana Fonseca, a conferência sobre o cancro da mama contou com as intervenções de Rosa Vieira e Milene Costa, ambas enfermeiras, que permitiram uma abordagem multidisciplinar da doença, numa partilha de conhecimentos com o público presente...

Ambiente

Quantidades recolhidas
nos ecopontos bateram recorde
Segundo dados avançados pela Braval, durante o ano de 2009 foram recolhidas 14 mil toneladas de resíduos recicláveis, o que significa um aumento de 12,5% relativamente a 2008, batendo, mais uma vez, o recorde desde o início da recolha selectiva. “Durante o ano que findou, foram recolhidas 14.000 toneladas de resíduos recicláveis nos ecopontos existentes na área de abrangência da Braval (Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde), enquanto que em 2008 o valor ficou-se pelas 12.400 toneladas”, refere a Braval. De acordo com aquela entidade, o aumento foi significativo em todos os materiais, destacando-se o papel e cartão que atingiu praticamente o mesmo valor do vidro, fixando-se os dois materiais nas 6.314 toneladas. As embalagens de plástico e metal correspondem a 1.389 toneladas do material recolhido. O aumento do número de ecopontos existentes na área da Braval e as campanhas de sensibilização ambiental são as razões apontadas pelos responsáveis para o aumento dos resíduos recicláveis. Durante o ano de 2009, a Braval recebeu mais de 6000 visitantes e acções de sensibilização junto da população. “A sensibilização também se traduz na quantidade de óleos alimentares usados, desde o início deste projecto já foram recolhidos cerca de 100.000 litros de óleo usado e distribuídos cerca de 13.000 contentores”, frisam os responsáveis da Braval...
Assembleia Municipal
em polvorosa
Realizada no Theatro Club, a sessão ordinária da Assembleia Municipal da P. Lanhoso iniciou-se pelas 21 horas e terminou de madrugada. Antes de se passar aos pontos da ordem de trabalhos, teve lugar o período antes da ordem do dia, onde Armando Fernandes, novo vereador do executivo camarário, foi visado em alguns dos discursos. Nuno Aguilar, líder da bancada social-democrata frisou que “devemos esperar que, apesar das dificuldades que se esperam para este ano, o executivo camarário mantenha a sua louvável atitude de grande proximidades aos desfavorecidos, dando corpo ao que será o Ano Europeu da Luta contra a Pobreza e Exclusão Social”. “Ajudemos os povoenses a vencer as dificuldades com dedicação ao trabalho, atitude de rigor, de persistência e de fazer bem”, apelou Nuno Aguilar...
Troca de mimos entre PS e PSD
“O que se passou na última AM foi vergonhoso e um verdadeiro atentado à democracia que alguns apelidaram, e bem, do instalar da lei da rolha e do quero, posso e mando. Para tudo isto contribuiu o presidente da Assembleia Municipal que num comportamento autoritário quis ser o principal protagonista dessa sessão, procurando calar qualquer ataque, procurando condicionar qualquer das intervenções que a bancada do PS fez”, acusou Pedro Silva, da bancada PS, num dos momentos quentes da noite, tendo também tecido algumas considerações acerca de Armando Fernandes, o novo vereador do executivo social-democrata. Tal como Pedro Silva, também as palavras de Frederico Castro se dirigiram a Armando Fernandes. “Que a sua intervenção nestes quatro anos seja diferente daquela que teve nos últimos quatro”, disse Frederico Castro. “Foram os povoenses que me elegeram e é aos povoenses, naturalmente, que terei que prestar contas. Daqui a quatro anos estarei disponível para que façam a avaliação do meu trabalho. Não me furtarei a tomar decisões. Fui para isso que fui eleito. Não irei permitir que alguns, sob a capa de da ocupação de certos cargos públicos, sejam o impedimento para a tomada de algumas decisões”, disse Amando Fernandes, na resposta. Humberto Carneiro, presidente da AM, visado nas declarações de Pedro Silva, pediu a defesa da honra para intervir. “O senhor confunde autoridade com disciplina”, disse Humberto Carneiro, que acusou ainda alguns elementos do PS de atitudes menos próprias na anterior sessão. “Se está numa estratégia concertada de me limitar na minha acção não vá por aí porque esse é o caminho errado”, avisou o presidente da AM. Depois de algumas considerações sobre as taxas de IMI, Gabriela Fonseca, vice-presidente da Câmara, deu conta da perda de receitas no tocante às verbas arrecadadas com o IMI. Segundo aquela responsável, em 2008 o município arrecadou 1 milhão de euros e em 2009 as receitas arrecadadas foram cerca de 660 mil euros. Gabriela Fonseca deu ainda conta que tinha disponibilizado estes números a António Lourenço, depois da realização da reunião de câmara, no dia em que teve lugar a primeira assembleia municipal deste mandato, durante a qual foram aprovadas as novas taxas de IMI...

Entrevista a José Pereira, Presidente da Junta de Freguesia de Esperança

"Sempre fui uma pessoa
muito interventiva"

Depois de ter passados por vários cargos, na Assembleia e Junta de Freguesia, José Alberto Pereira, abraçou um novo desafio: a candidatura à Junta de Freguesia de Esperança, impulsionado por vários moradores daquela freguesia e elementos afectos ao PSD. Três meses depois de ter sido eleito presidente da Junta de Esperança, José Alberto Pereira e os elementos que o acompanham na Junta de Freguesia mostram-se sensíveis aos problemas que afectam os mais idosos e as famílias mais carenciadas.



















Maria da Fonte - Que razões o levaram a candidatar-se?
José Alberto – Em primeiro lugar porque fui encorajado por conterrâneos meus e entidades que conheciam o meu percurso pessoal e político. Em segundo, porque o PSD me incentivou a abraçar este desafio. Tanto os dirigentes do PSD como esse grupo de conterrâneos achavam que eu era a pessoa indicada para liderar uma candidatura à Junta de Freguesia. Além disso precisei de contar, também, com o apoio da minha família para tomar uma decisão final. Mas, só depois de reunir a equipa que idealizava, é que assumi ser candidato. Primeiro, foram criadas as condições necessárias para que a equipa que liderei saísse vencedora do acto eleitoral disputado a 11 de Outubro.
MF - Como está a ser esta experiência na liderança da Junta de Freguesia?
JA – Não é, para mim, uma experiência nova, pois integrei o executivo da Junta de 93 a 97, onde ocupei as funções de tesoureiro. Essa equipa era liderada pelo amigo Bernardino Marques. Sempre fui uma pessoa muito interventiva. Foi nesta passagem como membro da Junta que construímos a actual sede. Sabia para o que vinha. Porém nunca imaginava o quanto difícil era este lugar, uma vez que as Juntas de Freguesia não têm autonomia financeira e dependemos sempre da Câmara Municipal para a concretização das grandes obras. De qualquer forma, está a ser aliciante esta experiência, não só pelo contacto constante, olhos nos olhos, com a população, mas também pela convivência diária, leal e construtiva com os membros da Junta e Assembleia de Freguesia, bem como a relação com a Câmara Municipal. Comentava, um destes dias, com o anterior presidente de Junta, Bernardino Fernandes, que todas as pessoas deviam passar por este cargo pelo menos dois meses para saberem as dificuldades que encontramos e a disponibilidade pessoal que temos que estar ao serviço da comunidade. Não é este o lugar para darmos largas a vaidades ou protagonismos. É, porém, gratificante, quando conseguimos resolver os problemas das pessoas. É para isso que cá estamos. Para servir a população. Embora, como referi, limitados financeiramente. Dizia, há algum tempo, a um habitante da minha freguesia que ele estava bem, pois estava reformado. E ele respondeu-me: ‘eu não estou bem. Vós é que estais mal…’. Por isso gostaria de deixar uma mensagem aos meus conterrâneos, que sei que não estão bem, mas que tudo faremos para que as coisas melhorem. Só peço alguma paciência porque temos de estabelecer prioridades. E com tempo, e com a ajuda da Câmara Municipal, conseguiremos ir resolvendo os problemas da nossa freguesia.
MF - Quais as suas maiores preocupações?
JA - A área social é a grande preocupação do executivo que lidero, nomeadamente os mais idosos e as pessoas carenciadas. Esta Junta foi a mentora da ideia de criação de um centro de convívio de idosos. Outras freguesias já agarraram, também, este projecto. Duas vezes por semana, os mais idosos ou pessoas com deficiência deslocam-se ao edifício da sede de Junta para aqui desenvolverem um conjunto de actividades. Lanço o desafio a todos os ‘seniores’ da freguesia para que adiram a este projecto. Aqui poderão passar excelentes momentos de convívio e confraternização. Consideramos que é importante retirar os mais idosos do isolamento em que vivem e proporcionar-lhes um conjunto diversificado de actividades, onde não falta a ginástica geriátrica e ainda um acompanhamento médico básico. No fundo, se torná-los socialmente activos. Para além disso, fixar os jovens na freguesia é também uma das nossas preocupações...
“Pretendemos proporcionar
maior convívio entre os idosos”

MF - O que espera destes quatro anos?
JA – Espero realizar muito trabalho. Sabemos que as coisas não estão fáceis. Sabemos que dependemos financeiramente da Câmara, mas esperamos conseguir levar o barco a bom porto. Esperamos, também, ter possibilidades de atender às necessidades prementes da população. Estou a aperceber-me que muitas vezes funcionamos, também, como mediadores de conflitos, tentando conciliar as partes.
MF - Quais as obras a concretizar este ano?
JA - Até ao momento, realizamos a pavimentação da berma da estrada da sede de Junta, para depois colocarmos uma rampa que permita o acesso dos cidadãos com dificuldades de mobilidade ao referido edifício. Na Rua da Ceboleirinha procedemos à pavimentação e estamos a iniciar uma intervenção no seguimento da Rua Poça da Mina. Com a ajuda da Câmara e de algumas pessoas da nossa freguesia demos condições da habitabilidade a uma pessoa necessitada. Andava, há muito, a acompanhar este processo mas como estávamos em campanha eleitoral resolvi parar para não ser acusado de oportunismo. Colocamos um telhado na habitação e revestimos o interior. Com a ajuda da Loja Social colocamos algumas mobílias que julgávamos indispensáveis. Numa segunda fase, iremos construir uma fossa e uma casa-de-banho para dar condições dignas de habitabilidade. No tocante aos idosos, pretendemos proporcionar um maior convívio entre eles. Esperamos que se inscrevam e que adiram às actividades. Para facilitar a vida dos moradores da freguesia estamos ainda a proceder à cobrança das contas domésticas, evitando, desta forma, que tenham que se deslocar à sede do concelho. Recebemos as verbas da luz, água e telefone e depois deslocamo-nos à sede do conce-lho para realizar os vários pagamentos. Estamos disponíveis e todos os que assim queiram podem trazer as suas contas à Junta e nós responsabilizamo-nos pela efectivação do pagamento...
MF - E para o mandato?
JA – Em termos de mandato gostaríamos, como já referi, de concretizar a requalificação da ponte e da praia fluvial. Está ainda projectada uma nova ponte que será um importante elo de ligação da nossa freguesia ao exterior. Tenho esperança em vê-la concretizada no meu mandato. Em termos de rede viária, as nossas atenções vão, essencialmente, para a manutenção, não pondo de parte, contudo, a abertura de novas vias. Para isso, contamos com a indispensável colaboração da Câmara Municipal. A par destas obras, pretendemos construir uma capela mortuária. Nessa altura, procede-remos à abertura de um acesso lateral ao cemitério. As pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada passarão aceder a esse espaço com mais facilidade...

Calvos

Chuvas causam abatimento
de pavimento na estrada
As fortes chuvadas que se têm feito sentir contribuíram para o aluimento de um pedaço da estrada municipal 597, que atravessa a freguesia de Calvos. No local onde se deu o aluimento, a via é atravessada pelas águas provenientes de uma mina, que desaguam num poço colocado na margem da estrada. Alertados, no dia 7 de Janeiro, os serviços camarários procederam à colocação de placas e de fitas para sinalizar o local, a fim de alertar os automobilistas para o perigo que ali se encontrava. Na tarde daquele dia, e ao desviar-se da berma em pior estado, um camião que transportava areia ficou atolado, tendo sido necessária a intervenção de uma máquina retroescavadora para ajudar o veículo a sair do local. Com vista a facilitar as manobras, o motorista do camião procedeu ao esvaziamento de parte da carga que transportava. No local compareceram elementos do posto da GNR da Póvoa de Lanhoso e da Protecção Civil, tendo a estrada sido vedada ao trânsito. Segundo apuramos, aquele troço da via continua cortado ao trânsito e os trabalhos continuam, com vista à sua reparação, que está a ser levada a cabo pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso...
NIC da Póvoa
comandou mega-operação
Cerca de 120 militares da GNR participaram, no passado sábado, numa operação desencadeada pelo Núcleo de Investigação Criminal do DTER da P. Lanhoso, que levou à apreensão de 30 mil euros em dinheiro, estupefacientes e diverso material alegadamente furtado. O material foi apreendido na sequência de dez buscas domiciliárias realizadas nos concelhos de Braga e Famalicão. Segundo foi possível apurar, a investigação já começou há um ano na sequência de assaltos a residências de férias na zona do Gerês. De há um ano para cá, já foram cumpridas anteriormente mais de uma dezena de buscas domiciliárias e constituídos sete arguidos. A pista dos furtos acabou por levar ao tráfico de estupefacientes. Dois indivíduos foram detidos por suspeita de furto e tráfico de estupefacientes. Nas várias buscas, a GNR apreendeu 30 mil euros, alegadamente provenientes do tráfico de droga; 30 doses de cocaína; 15 doses de heroína, uma balança digital e 200 gramas de bicarbonato, normalmente usado para ‘cortar’ a droga. Esta droga soma-se às mais de três mil doses, entre heroína, cocaína e haxixe, apreendidas nas buscas anteriores...

III DIVISÃO Nacional - Série A - JORNADA 13

Triunfo para a liderança
Num jogo em que desperdiçou várias oportunidades, o Maria da Fonte levou de vencida a formação do Fão pela margem nima. Um golo de Pedrinho, aos 18 minutos, deu a vitória ao Maria da Fonte, que jogou toda a segunda parte em inferioridade numérica. Depois da derrota no terreno do Santa Maria, que levou a formação do Maria da Fonte a ceder a liderança ao Macedo de Cavaleiros, a equipa orientada por Artur Correia regressou às vitórias, desta feita pela margem mínima. Com uma postura mais ofensiva, o Maria da Fonte tomou conta do jogo e foi a equipa mais rematadora em campo. No primeiro minuto de jogo, Rafinha, no seu jogo de estreia, rematou por cima da baliza do Fão. Na resposta, Luís Pedro cabeceou ao lado da baliza de Miguel. Aos 21 minutos, foi a vez de Pinto cabecear para uma defesa de Pinho, seguindo-se, aos 30, um remate de Rui Novais, e, aos 31 minutos, um remate de Diogo, por cima da baliza do Fão. Pouco antes do intervalo, aos 42 minutos, o Maria da Fonte ficou reduzido a dez unidades, devido à expulsão de Diogo, que viu a segunda cartolina amarela, num lance em que o árbitro foi demasiado rigoroso. Mesmo em desvantagem numérica durante a segunda parte, a formação o Maria da Fonte não descurou do ataque e pro-curou ainda anular os lances de perigo criados pelos homens do Fão que a partir dos 60 minutos de jogo foram aparecendo mais vezes na área do Maria da Fonte.

Franceses nas terras de Lanhoso há 2OO anos(28)

De Melgaço até Braga
cresce resistência religiosa armada
Recordamos como foram lançadas as sementes para a aliança entre o clero, as autoridades locais e o povo, no mesmo objectivo patriótico na região de Entre Douro e Minho, estimulando em cadeia o mesmo sentimento anti-francês para lá do Marão, como testemunho as grandes celebrações de que há documentação em Melgaço, Guimarães, Viana do Castelo, Braga e Póvoa de Lanhoso. Esta aliança foi decisiva na expulsão dos franceses há 200 anos. Ao lado desta movimentação do povo em armas, há o trabalho desenvolvido pelas Juntas, onde igualmente a igreja estava presente, aliadas às hierarquias militares, uma vez que o exército Português estava praticamente sem efectivos de combate no terreno, para a formação dos milicianos. Os casos de Braga e de Viana do Castelo são paradigmáticos.
VIANA CONTAMINA BRAGA
Os documentos que nos testemunham este movimento são os cartórios notariais ou então documentos oriundos dos mosteiros que, poucos anos depois, vão ser banidos. De alguns deles daremos conta na próxima crónica os quais atestam até que ponto o clero do Minho se envolveu de forma decidida e directa no combate aos franceses. Já aqui recordamos que foi de expectativa e de reserva a atitude do clero, nos primeiros meses de presença em Portugal do exército invasor napoleónico e de hostilidade crescente, depois, até à expulsão de Massena. Junot, na primeira invasão, dera a conhecer a hipocrisia das suas intenções marcadas pelo engodo em que caiu o Patriarca de Lisboa, morto pouco depois de senilidade e desgosto. É dessa fase intermédia o comportamento do Arcebispo de Braga que decidiu cumprir uma parte das decisões de Junot, ao contrário de muitos sacerdotes da arquidiocese, mas ignorou a vontade dos franceses no que respeita ao reconhecimento da rainha, continuando a celebrar missa solene no dia de aniversário da raínha. Quando se dá a segunda invasão, por terras de Barroso e Lanhoso, em direcção ao Porto, com a batalha de Carvalho d'Este, em Covelas, já o sentimento popular anti-gaulês estava bem vivo, alimentado pelos ecos de Espanha. Tanto é assim que, em Junho de 1808, Braga proclamava-se a favor dos franceses mas encontrou no clero um agente da resistência patriótica, apesar das vozes em contrário de alguns afrancesados. Por força disso, o ambíguo D. José da Costa Torres, arcebispo de Braga, mandou descobrir as armas reais na fachada do paço e restaurou na missa a colecta pelo príncipe regente e sua família. Na fronteira norte da dioceses (que incluía então o Alto Minho), Melgaço estava em rebelião aberta contra os franceses, assistindo no dia 9 de Junho ao Te Deum e ao sermão de circunstância na igreja da vila com a presença das autoridades. A resistência aos franceses faz-se ouvir depois em Guimarães, liderada por Mons. Miranda, no dia 16, e no dia 18 de Junho, em Viana do Castelo. A sintonia entre o clero, as autoridades locais e o povo, no mesmo combate patriótico era um facto em toda a região do Minho que se espalha em cadeia a Trás-os -Montes e ao Douro, apesar de alguma indecisão no Porto...

EDITORIAL


Armindo Veloso




ESPEREMOS


Esperemos que o governo da nosso concelho seja competente. Consiga aplicar os recursos – que são escassos dadas as necessidades numa altura de incerteza e grave crise - da melhor forma, não se notando os “nossos” ou os “deles” e que interiorizem que, uma vez eleitos, são os governantes de todos os povoenses; que haja nos líderes locais uma característica fundamental para um bom desígnio que é a discrição. Discrição essa que passa pelos actos públicos e até por alguns privados desde que esses sejam acompanhados por amigos de ocasião.
Esperemos que o governo da República seja competente. Se convença que governar em minoria obedece a arte e engenho resultando muitas vezes em melhores governos.
Esperemos que o governo pense, de uma vez por todas, que as obras faraónicas não são essenciais para Portugal e que o exemplo da reconversão do parque escolar, iniciativa do mesmo governo, devia fazer escola.
Esperemos que a crise financeira e económica que teve o seu epicentro no ano passado se comece a esvanecer de forma significativa.
Esperemos que, para bem do país e da democracia, o PSD, historicamente a força política alternativa, se organize, de uma vez por todas, com um líder credível e duradouro.
Esperemos que o Presidente da República tenha um ano tranquilo reafirmando a sua condição de “válvula de segurança” do regime.
Esperemos que o desemprego, um dos maiores flagelos do momento, comece a diminuir em Portugal.
Esperemos que os líderes mundiais sejam competentes e que a descompressão provocada pela eleição de Obama se traduza em factos reais.
Esperemos que a crise de valores, a maior de todas, comece a ser pensada seriamente como o alfa e o ómega das civilizações.
Esperemos que todos nós tenhamos um óptimo ano de 2010.
São dez esperanças, no meio de muitas outras, que deixo neste primeiro número de 2010.
Até um dia destes.

CASTELO

Garfe: Loja dos presépios
Uma das novidades da edição deste ano dos presépios de Garfe diz respeito à criação da ‘Loja dos Presépios’, uma iniciativa da Câmara Municipal e Associação de Turismo que pretende ser um local de informação, de divulgação e venda de produtos do concelho. A filigrana tem estado em destaque e despertado o interesse da quem visita o local, com as vendas a superar as expectativas.
Os responsáveis por esta iniciativa estão de parabéns, com o nome de Garfe e do concelho da Póvoa de Lanhoso a ser levado país fora.

Garfe

Despiste de viatura provocou
um ferido ligeiro

Uma jovem, de 21 anos, residente na freguesia de Agrela, concelho de Fafe, ficou ligeiramente ferida após a viatura em que seguia se ter despistado e caído a um campo, no lugar do Pinheiro, da freguesia de Garfe. Do acidente ocorrido pelas 14 horas, de segunda-feira, dia 28 de Dezembro, apenas resultaram ferimentos ligeiros, nos membros inferiores, na condutora da viatura, a jovem Liliana Silva, que seguia, sozinha, num Peugeot 106, a caminho do trabalho, numa superfície comercial da Póvoa de Lanhoso. Segundo uma testemunha no local, a viatura da jovem entrou em despiste, embateu num poste de electricidade, caindo a um campo que se encontrava a cerca de dois metros abaixo do nível da estrada. Após o despiste, a viatura capotou e ficou imobilizada no referido campo. A vítima foi assistida no local pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, que procederam também a operações de desencarceramento, e equipa médica do INEM. Para o local os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso fizeram deslocar uma ambulância e a viatura de desencarceramento. Para além da queda do poste, o acidente provocou ainda estragos num outro poste, que ameaçava tombar. A patrulha da GNR da Póvoa de Lanhoso tomou conta da ocorrência e isolou o local, impedindo o trânsito de viaturas, até que a situação ficasse resolvida. A condutora da viatura, depois de prestada a devida assistência, foi conduzida ao Hospital de S. Marcos, em Braga.
Humberto Carneiro tomou posse
para novo mandato
na Santa Casa da Misericórdia



















Teve lugar, no dia 18 de Dezembro, a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, durante a qual Humberto Carneiro foi empossado Provedor da Santa Casa, para um novo mandato de três anos. Para além deste cargo, Luís Carlos Correia preside à Assembleia Geral e Albano Macedo Neves Fonseca preside ao Conselho Fiscal. Depois da tomada de posse dos novos elementos, seguiu-se a intervenção de Humberto Carneiro, durante a qual o Provedor da Santa Casa deu conta do novo ciclo que aquela instituição está a atravessar. Revelando que não era o seu propósito ir além dos dois mandatos, Humberto Carneiro frisou que respondeu ao “apelo sentido e genuíno de muitas dezenas de Irmãos da Santa Casa”. Defendendo a rotatividade nos cargos, o Provedor da Santa Casa vincou que “será um ciclo que termina daqui a três anos”. Quanto à Unidade de Longa Duração, que terá o nome de Elvira Câmara Lopes, Humberto Carneiro deu a conhecer que o projecto deverá estar concluído nos finais de Fevereiro ou inícios de Março, num ano em que se completam, a 11 de Fevereiro, os 100 anos da morte de D. Elvira Câmara Lopes, esposa do grande benemérito António Lopes. Dando conta do clima económico e social que atravessamos, Humberto Carneiro, destacou a necessidade das Misericórdias terem sustentabilidade. “As Misericórdias não podem dar respostas às necessidades sociais se não tiverem capacidade de sustentação. Hoje temos que fazer mais com menos”, destacou Humberto Carneiro...

Entrevista a Fernando Carlos, Presidente da Junta de S. Martinho do Campo



“Respondi a um pedido
feito pela população”


Depois de doze anos como secretário da Junta de Freguesia de S. Martinho do Campo, Fernando Carlos Dias Ribeiro abraça, agora, um novo desafio como presidente da Junta de Freguesia. Em entrevista ao “Maria da Fonte”, o jovem autarca dá conta de que o apoio do município é fundamental para a concretização das várias obras na sua freguesia.
Maria da Fonte - Como está a ser esta experiência como presidente de Junta?
Fernando Carlos - Nestes primeiros dois meses está a ser uma experiência agradável. As exigências estão a aumentar porque é uma junta nova e, por vezes, as pessoas pensam que as soluções aparecem pelo facto de entrar uma junta nova mas se não houver, por parte do município, uma ajuda, há certas situações que não conseguimos resolver porque financeiramente são impossíveis de suportar.

MF – Quais as razões que o levaram a candidatar-se?
FC – Deve-se, essencialmente, ao incentivo por parte de várias pessoas da freguesia, dada a minha maneira de estar na vida, simpatia, saber servir e estar com as pessoas. Várias pessoas chegavam aqui, à Junta de Freguesia, e incentivaram-me a candidatar-me, pois achavam que era a pessoa mais indicada para estar à frente da Junta de Freguesia. Respondi a um pedido feito por grande parte da população, que gostava de me ver à frente do executivo da Junta de Freguesia. Tenho a minha profissão e não tenho outros interesses que não sejam o servir a população desta freguesia.

MF – O que espera destes quatro anos?
FC – Eu esperar, espero muito. Temos ideia do que queremos, temos obras que queremos fazer mas as mesmas só serão concretizadas se houver um apoio municipal, pois sem isso não há qualquer hipótese de as concluir.

MF – Nestes dois meses já houve algum contacto com a autarquia? Como é a relação da Junta de Freguesia com a Câmara Municipal?
FC – Já houve contacto e a relação é boa, tanto no contacto de presidente de Junta com presidente de Câmara, com também de amizade. Há uma certa relação de amizade com alguns elementos do executivo e tem corrido bem.

MF – Quais as principais obras que a Junta de Freguesia espera executar em 2010?
FC – Vamos tentar celebrar um protocolo com o município tendo em vista a aquisição de uma carrinha de 9 lugares para o transporte das crianças. Temos a EB 1 e o Jardim-de-infância e dado que a freguesia é muito extensa, já se justifica a aquisição de uma carrinha. Vamos adquirir uma carrinha de caixa aberta para dar apoio aos jornaleiros, devidamente equipada, que vai permitir uma melhor limpeza da rede viária. Neste momento, a Junta de freguesia tem duas grandes preocupações que dizem respeito a dois problemas com as águas pluviais. Um desses problemas fica situado no lugar de S. Tiago e já pedimos ao município ajuda na concretização da obra. As águas pluviais estão a prejudicar 6 habitações ali existentes porque está a entrar água no seu interior, pelo que é necessário construir uma nova conduta. Trata-se de uma obra que custa cerca de 10 mil euros e sem o apoio do município não temos possibilidade de a concretizar. Para além deste, temos um outro problema em Fonte Cova, também devido às águas pluviais. Ambas, são prioridades a curto prazo porque afectam o bem-estar das pessoas.
Temos, também, o projecto de requalificação da Avenida da Igreja, Rua do Souto e um Parque de Lazer em Baixo do Eido. Essa será uma obra que vamos apresentar ao município, para ser preparado o projecto e avançarmos logo que seja possível.
Pretendemos, também, colocar quatro novas paragens para autocarros. Dado o elevado valor de cada uma, estamos a contactar empresas localizadas na freguesia, com vista ao financiamento dessas paragens, através da colocação de publicidade nas mesmas durante estes quatro anos. Já temos uma resposta afirmativa para um delas e, agora, estamos a contactar empresas para patrocinar as restantes.
Apesar de não ser uma obrigação da Junta de Freguesia, preocupamo-nos com o bem-estar das pessoas da freguesia, sobretudo das crianças que, diariamente, se deslocam para a escola...
Serzedelo: Campanha de Reis
para Lar de Idosos

O Centro Social e Paroquial de Serzedelo está a organizar uma campanha de recolha de donativos para fazer face aos cerca de 400 mil euros que a instituição tem que custear para a construção do Lar de Idosos (Lar J. Paulo II) e reformulação e ampliação das estruturas já existentes. A obra está a decorrer e deverá estar finalizada para meados de 2010. Para além da venda de rifas, os elementos da instituição pretendem contactar com empresários, mecenas e habitantes com vista à angariação de verbas. A ajuda dos emigrantes é também solicitada pelo padre António Lopes, presidente da instituição, que apela ao contributo de todos para a concretização daquela importante obra que vai beneficiar, em muito, a freguesia de Serzedelo e freguesias vizinhas. Um dos objectivos do Centro Social é fazer chegar a venda das rifas aos vários emigrantes espalhados pelos quatro cantos do mundo. A candidatura do Centro Social de Serzedelo está está voltada para a terceira idade, e a conclusão das obras vai permitir a criação de um lar de idosos, com capacidade para 30 utentes; de um centro de dia para 20 utentes; a criação de novos 35 lugares no serviço de apoio domiciliário e a remodelação dos 25 existentes. No total, o projecto dará resposta a 110 utentes. O investimento total é cerca de 999 196, 39 euros, contando com o apoio do Estado, através do Programa Pares, de 666 320, 50 euros e da Câmara Municipal em 140 mil euros...

Os momentos marcantes do ano...


2009 em revista
Maria terminou primeira volta
na liderança

A formação do Maria da Fonte terminou a primeira volta do campeonato na liderança de série A da III Divisão Nacional. Com 24 pontos conquistados, em onze jogos disputados, a formação povoense mantém-se no comando da tabela, logo seguida pelo Montalegre, em 2.º lugar, com 23 pontos; do Macedo de Cavaleiros, em 3.º lugar, com 22 pontos. Em onze jogos disputados somou sete vitórias, três empates e uma derrota. Para além de liderar a tabela classificativa, o Maria é a defesa menos batida da série A, com apenas 6 golos sofridos e 14 marcados. No último jogo da primeira volta, a 20 de Dezembro, a turma marifontista deslocou-se a Bragança, para aí defrontar a formação local, tendo saído da partida com um empate a uma bola, com os pontos a serem repartidos por ambas as formações. Depois de uma paragem, os jogos retomam neste fim-de-semana, com o Maria a deslocar-se ao terreno do Santa Maria, em Barcelos.

3.ª Eliminatória

Porto d’Ave segue em frente
na Taça A. F. de Braga

O Porto d’Ave prossegue a sua caminhada na Taça A. F. Braga após ter vencido, por 3-1, o Prado, num dos jogos que colocou frente-a-frente duas equipas do escalão cimeiro da A. F. Braga. A vitória da formação de Taíde começou a ser desenhada bem cedo, logo aos 10 minutos, com Zé Beto a cabecear para o golo, após centro de Manaus. Ainda no decurso do primeiro tempo, o Porto d’Ave dilatou a vantagem, com o 2-0 a aparecer ao minuto 25, por intermédio de Manaus. No início do tempo complementar, o Prado procedeu a alterações, com Pedro Reis e Sérgio a entrar para os lugares de Lopez e Dany, dando um maior alento ao sector mais adiantado. O Prado ganhou mais vigor mas foi o Porto d’Ave quem chegou ao 3-0, aos 72 minutos, por intermédio de Manaus, num lance de excelente recorte técnico, com o avançado a deixar para trás vários adversários e a rematar para o fundo das redes da baliza de João Pedro. Antes porém, aos 70 minutos, o perigo rondou a baliza do Porto d’Ave, no momento em que Clemente largou a bola após atraso de um colega, mas a defesa da casa conseguiu aliviar e evitar males maiores. Com uma postura mais ofensiva no segundo tempo, a formação do Prado ainda conseguiu diminuir a desvantagem no marcador, ao fazer o 3-1, por Mouzinho, num golo que apareceu à passagem do minuto 79...